Segundo analistas, os discursos feitos em 2010 por políticos e religiosos iranianos entre agosto e outubro que reconheciam a existência de associações domésticas e as condenavam como uma ameaça ao estado deram início a uma repressão aos cristãos no Irã nos últimos meses.
Autoridades iranianas detiveram mais de 70 cristãos em uma onda de prisões que começou entre os cristãos, de acordo com um relatório emitido na semana passada pelo Ministério Elam.
Após a liberação de sete cristãos na semana passada depois deles passarem um mês confinado em solitárias, pelo menos 26 cristãos permanecem encarcerados.
Fontes disseram que o número de cristãos detidos desde o Natal pode ser superior a 120. Apesar das autoridades terem liberado a maioria dos cristãos após interrogatórios, muitos ainda estão presos, especialmente os líderes de grupos domésticos. Muitos daqueles libertados no mês passado tiveram que assinar declarações dizendo que não frequentariam mais a igreja.
Líderes iranianos descreveram as igrejas domésticas como um trabalho do “inimigo”, afirmam as fontes.
Em 19 de outubro, em Qom, centro religioso do Irã, o líder supremo aiatolá Ali Khamenei disse que os inimigos do Irã querem abalar os valores religiosos e da sociedade do país através da difusão do Bahaismo e de uma rede de igrejas cristãs domésticas.
O discurso de Khamenei marcou a quinta declaração pública de um líder iraniano condenando os cristãos iranianos no período de três meses. “As declarações públicas mostram que o governo reconhece a presença de igrejas e as considera como ameaças,” declarou um analista regional que pediu anonimato à Compass Direct News.
“É impressionante como eles têm falado sobre isso publicamente de uma forma como nunca fizeram”, afirma.
Postado em 11 de fevereiro de 2011
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