Os extremistas passaram a agir com mais violência ao
longo dos anos e vêm reforçando a ideia de erradicar o cristianismo na
Nigéria
Nigéria
Recentemente, manchetes em todo o mundo declararam boas notícias sobre o resgate de mais 82 meninas de Chibok. No entanto, para muitos leitores, é difícil entender o que realmente acontece à milhas de distância. Há 5 pontos relevantes que merecem ser observados sobre o Boko Haram e que podem ajudar os cristãos a entender o pensamento e o objetivo do grupo que vêm realizando sequestros e ataques contra os cristãos. O longo período de tensão vivido pela igreja na Nigéria não começou de repente. Entenda as motivações do grupo:
1. Integrantes do Boko Haram se identificam como jihadistas e são motivados religiosamente
O termo árabe "Boko Haram" é basicamente traduzido por uma frase ideológica: "educação ocidental é proibida" ou ainda "educação não islâmica é pecado". O grupo se definiu publicamente como "pessoas comprometidas com os ensinamentos do profeta para propagação da jihad (luta islâmica). Na Nigéria, eles foram apelidados de "Taliban Nigeriano".
2. O grupo extremista encara a violência como uma "revolta contra quem defende o cristianismo"
Eles entraram em conflito com as autoridades governamentais, acusando-os de permitir um modo de vida não islâmico na Nigéria, aceitando a cultura ocidental e o cristianismo no país. Tropas nigerianas precisaram intervir contra a violência deles, por volta de 2004, ocasião em que muitos do grupo morreram. Cerca de 60 sobreviventes invadiram um posto policial, dando início a uma batalha de dois dias, que matou outros 28 rebeldes. O Boko Haram então declarou que esperava que os demais muçulmanos fossem inspirados por essa atitude violenta e pelos confrontos mortais. A palavra "revolta" passou a definir o objetivo do grupo.
3. Eles se organizaram nessa "revolta coletiva" e passaram a atacar com mais frequência
A partir de 2009, a violência se espalhou ainda mais na Nigéria, quando oficiais do governo tiveram um confronto com o Boko Haram, o que desencadeou mais 5 dias de guerra. Munidos de fuzis, facões, machados e bombas caseiras, os extremistas atacaram delegacias de polícia e mais de 700 militantes morreram, entre eles o líder do grupo, Yusuf. Com a perda do líder, que era muito respeitado, aumentou a tensão. Os rebeldes passaram a planejar ataques mais sofisticados, como dirigir um carro bomba para a sede da ONU, em Abuja, por exemplo. Depois disso, os "ocidentais" entre eles cristãos, passaram a ser sequestrados também.
4. Boko Haram passou a ter como principal alvo: cristãos, militares e civis
Em 2013, o grupo passou a concentrar os ataques em escolas e igrejas, matando dezenas de crianças. Mais tarde, naquele ano, atacaram também 50 cristãos em igrejas, por três domingos consecutivos. Em 2014, sequestraram as meninas de Chibok.
5. O novo líder do Boko Haram está determinado a erradicar o cristianismo na Nigéria
Em 2016, Abu Musab al-Barnawi foi nomeado o novo líder de Boko Haram. Ele anunciou uma guerra contra o Ocidente, dizendo que os ocidentais estão tentando "cristianizar" a Nigéria. O líder também prometeu não atacar mais os muçulmanos neutros e ameaçou bombardear igrejas e matar cristãos. O grupo continua a recrutar cidadãos para essa guerra e tem prometido fidelidade aos jihadistas de todo o mundo. Enquanto organização, eles incentivam pequenas células a realizar atos de violência contra o governo nigeriano. O presidente Buhari se comprometeu a equipar as forças de segurança para dispersar os extremistas, mas os atos criminosos contra os cristãos continuam.
A Portas Abertas tem trabalhado muito para ajudar os cristãos perseguidos na Nigéria, fornecendo ajuda humanitária através de parceiros locais, aconselhamento pós-trauma, discipulado, restauração de casas e igrejas, além de todo tipo de alívio emergencial.
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Postado: 26 de maio de 2017
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