terça-feira, 30 de maio de 2017

Cristãs enfrentam um tipo de "escravidão moderna"

 
 Mãe, filha e babá andando em um píer no Kuwait

 Muitas babás e empregadas domésticas que trabalham para famílias árabes têm seus sonhos interrompidos por causa de castigos e proibições


 Península Arábica
 Há muitas jovens que deixam seus países de origem para ir trabalhar para famílias ricas como empregadas domésticas ou babás na Península Arábica. Todas chegam com a mala carregada de sonhos e pensam em trabalhar duro para conquistar uma vida mais tranquila. Mas nem todas conseguem sair realizadas, isso quando conseguem sair. "Muitas têm seus sonhos brutalmente destruídos pela dura realidade da escravidão moderna", disse um cristão que ministra o evangelho a elas e que não pode ser identificado por motivos de segurança. Segundo ele, os governos dos países onde elas viviam, "fecham os olhos" para a injustiça que elas enfrentam, já que suas histórias não são publicadas.

 "Elas são maltratadas no local de trabalho e até mesmo violentadas. Os patrões pensam que podem fazer qualquer coisa porque são ricos. Algumas chegam a ser castigadas e proibidas até de visitar seus amigos", explica o cristão. Ele conta que uma delas só podia dormir três horas durante a noite e era tratada com violência física. "Um dia, ela conseguiu fugir e foi até a agência que a contratou, pedindo para que a mandassem de volta para casa, pois estava com medo de morrer. Os responsáveis ligaram para o empregador, um árabe rico e influente, que prometeu mudar de atitude e a agência então a forçou a retornar", contou. Infelizmente, a sua queixa piorou ainda mais a situação.

 "Assim que ela retornou, o homem a arrastou para um quarto, no terceiro andar e disse para a esposa fazer o que quisesse com ela. A mulher a empurrou da janela, de onde ela caiu e ficou gravemente ferida. Outra pessoa da família desceu as escadas e bateu nela até que perdesse a consciência. A babá da casa ao lado chamou a polícia e a babá agredida foi levada ao hospital em estado de coma. Depois de um tempo, se recuperou dos ferimentos, mas ainda precisa de cuidados", acrescentou. O cristão que conhece muitas outras histórias semelhantes pede a todos os que pertencem à igreja de Cristo que orem por essas cristãs que trabalham na Península Arábica. "Elas realmente necessitam das nossas orações. Que Deus as proteja e que toque nos corações dos empregadores árabes, para que sejam impactados pelo amor de Jesus e as tratem com respeito que merecem", conclui.

Revista Portas Abertas
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Postado: 30 de maio de 2017

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