Tragédias anunciadas

Thiago Gomes É membro da AD no Benedito Bentes 1 e jornalista do portal AD Alagoas e do Ojornalweb

É lamentável abrir todos os jornais, assistir a todos os telejornais e acessar os sites na internet e só ver o que está acontecendo na região serrana do Rio de Janeiro.
É um absurdo ouvir do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que se diz Democrata, afirmar que a inundação em São Paulo, que nem chegou aos pés do que aconteceu no Estado vizinho, é somente culpa da natureza. Não é menos esdrúxulo acreditar que essas não são tragédias mais que anunciadas.

Nos casos em que as chuvas levaram casas, negócios e os sonhos das pessoas sempre o problema maior foi do próprio homem. Como incutir na mente de uma família que é arriscado morar em encostas, nos pés dos morros, às margens dos rios e córregos e na costa marítima? Quem tem o mínimo de senso compreende que um dia ali vai acontecer uma catástrofe.

Choveu um pouquinho é suficiente para dar dor de cabeça nos integrantes da Defesa Civil. Os coitados sofrem para convencer os moradores a deixarem as moradias e procurarem um local seguro. Muitos, além de arraigados ao solo perigoso, estão presos a laços de amizade ou de sei lá o quê. É aquele velho pensamento de que problemas maiores nunca vão acontecer comigo. Pode até ser que atinja o meu vizinho, mas a mim nunca.

Nem faz um ano e o Brasil chora a morte de pessoas por conta das chuvas. Claro que choveu bem acima da média nestes locais, mas se lá não fosse área habitada, a tragédia seria apenas para o solo. O morro viria a baixo, mas o ser humano não afundaria na lama e nos destroços.

Orar a Deus resolve agora alguma coisa. Pedir a Ele para consolar os familiares enlutados e dar sabedoria ao poder público para reconstruir a vida dos que ficaram. Mas, vale agir mais com a consciência. A Bíblia ensina que o povo Dele é destruído por falta de conhecimento, ou seja, por ser ignorante. Depois de alguns exemplos negativos, não vale dizer que não sabia que um dia a tragédia iria bater na porta.

Para os que sobreviveram ou que somente acompanham as notícias, fica o conselho para agir um pouco mais com a racionalidade.


Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em 14 de janeiro de 2011

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