terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Pena capital para egípcio que matou a seis cristãos

Egito


A condenação a morte de um muçulmano acusado de assassinar a sete pessoas, seis delas cristãs, se recebeu hoje no Egito como um ato de justiça que ajudará a aplacar tensões entre ambas comunidades religiosas.

Os ânimos indubitavelmente advertiram-se menos crispados no Cairo e outras cidades do país, depois que a Corte Suprema de Segurança do Estado ditou no domingo sentencia contra o principal acusado de uma matança ocorrida o 6 de janeiro de 2010.
Membros da minoria cristã copta, que nas últimas semanas têm protestado por dois atentados letais contra correligionarios, e muitos devotos do Islã, que clamam menos tensão nas ruas, se mostraram satisfeitos com a falha judicial.
Segundo divulgaram meios impressos e televisivos, o tribunal localizado em Qena, província do sul do Egito onde ocorreu o crime, sancionou à pena capital a Mohamed Ahmed Hassanein, de 39 anos, e assinalado como o autor da matança.
Hassanein foi julgado por assassinato premeditado ao dar morte a seis cristãos quando saíam da missa de Nochebuena prévia à Navidad Copta do ano passado em Nagaa Hammadi, Qena, única província com um governador cristão, dos 29 que designa o presidente.
Nesse ataque também perdeu a vida um muçulmano que custodiava a igreja onde ocorreram os fatos, e resultaram feridas outras nove pessoas, pelo que também se lhe processou por tentativa de assassinato.
A mesma corte adiou para o 20 de fevereiro o veredicto contra os outros dois acusados de cumplicidade no tiroteio realizado desde uma carroça em movimento quando os feligreses saíam da missa.
Cristãos consultados por Imprensa Latina consideraram, no entanto, pouco provável que se execute a sentença, a qual tem que ratificar o Grande Mufti do Egito (máxima autoridade religiosa islâmica sunnita).
A falha conheceu-se em momentos de tensões entre cristãos e muçulmanos, após o atentado com uma carroça bomba contra uma igreja de Alejandría, o 1 de janeiro, que causou 25 mortos e uns 80 feridos.
Ademais, o 11 de janeiro morreu outro cristão de 71 anos e mais cinco pessoas resultaram feridas ao ser baleados por um polícia egípcio em Samalout, quando abordou um comboio que ia de Assiut ao Cairo.
As autoridades apresaron ao agente da ordem, que não estava de serviço, e disseram que será julgado por um tribunal de Segurança do Estado, ainda que descartaram que o fato tivesse móveis religiosos.
O mais recente ataque contra cristãos ocorreu no sábado, com uma bomba oculta no carro de um bispo que explodiu no parqueo de um monasterio do norte do país, ainda que sem causar vítimas.
Os experientes assinalam como preocupantes e sem precedentes as recentes demonstrações dos coptos, rompendo décadas de tradição de coexistencia armoniosa e pacífica com os muçulmanos neste país.

Copiado do Notícias Cristãs com informações de Prensa Latina


Fonte:http://news.noticiascristas.com/
Postado em 18 de janeiro de 2011

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