Conhecido até 1935 como pérsia, este território foi palco de muitas histórias bíblicas. Entre elas, os inesquecíveis relatos de Daniel na cova dos leões e a luta de Mardoqueu e Ester para salvar o povo judeu, quando, passou a ser chamado Irã ou irão. Com a revolução Islâmica feita pelo Aitolá Khomeini, o país adotou a atual denominação oficial de República Islâmica do Irã.
O atual governo do Irã está baseado na Sharia (Lei islâmica), ou seja, a constituição do país é ditada a partir dos preceitos e dogmas do Islã. É altamente proibido que qualquer muçulmano se converta a outras religiões, aqueles que desobedecem tais imposições estão sujeitos a severas condenações, que vão desde discriminação por parte da população até graves torturas e mortes violentas. As Igrejas cristãs não têm permissão para pregar em persa que é a língua oficial do país, elas apenas são liberadas para fazer este trabalho nos dialetos étnicos de suas regiões, sendo que, existem cerca de 77 dialetos falados atualmente.
“Nada na lei de Maomé diz que o sangue do infiel é igual ao sangue do muçulmano, porque a fé é necessária para haver igualdade. As pessoas da aliança (cristã e judaica) não crêem em Maomé e no Islã, portanto, o seu sangue e o sangue do muçulmano não podem ser iguais (...)”. Está é uma citação do califa Umar Ibn Khattab, um dos sucessores do profeta Maomé. Os cultos cristãos realizados pelas Igrejas oficiais (registradas) são altamente restritos, muitos deles têm agentes da polícia secreta disfarçados, com objetivo de monitorá-los. Devido a estas restrições e aos inúmeros perigosos, a grande maioria dos cristãos realizam cultos secretos em áreas isoladas e mais usualmente em lugares subterrâneos. Estes são conhecidos como a “Igreja Clandestina”, existindo em vários lugares ao redor do país.
Os cristãos vivem sob constante pressão e ameaça por parte dos grupos radicais extremistas muçulmanos, pois a todo momento podem ser vítimas de torturas, ataques, mortes e até conversões violentas. A discriminação social é um modo de vida com o qual todo cristão que viva em países islâmicos deve se acostumar, existem por exemplo, inúmeros empregos que os crentes não podem exercer, como o caso de um ginecologista que foi obrigado a sair do país, pois os homens muçulmanos não lhe permitiam tratar de suas mulheres, como também, todo cristão que abra um negócio não poderá ter uma freguesia, pois nenhum muçulmano comprará de um cristão.
Mesmo com toda a perseguição, os cristãos continuam perseverando em cristo, como nas palavras de uma irmã iraniana: “Eu sinto uma paz inexplicável em Jesus Cristo, não consigo sentir medo, pois tenho o Espírito Santo em mim.”. É dever de todo cristão ajudar os seus irmãos em oração, pois esta é a vontade soberana de Deus.
João kaycke e Carla Lima
Postado em 05 de agosto de 2009.
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