domingo, 25 de março de 2018

Cristão deslocado pela guerra encontra emprego


A fábrica está sendo um canal de bênçãos para muitos cristãos perseguidos no Iraque


Apesar da vida difícil, os cristãos são gratos pela oportunidade de trabalhar na fábrica de plástico da igreja

Hany Behnam, 54, é um dos trabalhadores da fábrica de plástico em Erbil, fundada por uma organização parceira da Portas Abertas no Iraque, como informamos ontem. Ele é um cristão refugiado de Mossul. É casado e tem dois filhos. Um de seus filhos tem 19 anos de idade e migrou para a França recentemente. O outro tem 14 anos. “Alugamos uma casa em Ankawa, Erbil. A vida é difícil para nós como pessoas refugiadas. Somos de Mossul e não há esperança real de que possamos retornar em breve”, diz o cristão perseguido.

 “Foi difícil para eu encontrar trabalho; fiquei desempregado cerca de um ano. Consegui trabalhar por um curto período de tempo para a igreja, mas acabei ficando desempregado novamente. Foi um momento muito difícil até que algumas pessoas me conduziram a esta fábrica, onde encontrei emprego. Meu trabalho é principalmente empacotar as latas de plástico e juntá-las. Eu também faço outras coisas que eles me pedem. Graças a Deus, as pessoas que trabalham aqui são boas”, afirma Behnam. O trabalhador fala um pouco sobre como sua fé o ajuda. “Eu oro sempre. Também me lembro de uma frase de uma canção cristã que cantamos na nossa igreja: ‘Ajude-nos nos tempos de dificuldades, nos tempos de desastres e tristeza’”.

 A nova situação política na região curda após o referendo para a independência, em setembro de 2017, levou ao fechamento do aeroporto de Erbil para vôos internacionais. “Isso torna mais difícil comprar matérias-primas no exterior. Pode afetar o trabalho quando precisamos urgentemente desse material. Os produtos agora têm que vir através de Bagdá, e isso leva mais tempo e envolve mais papelada”, diz Nihad, o encarregado da empresa de plástico. No entanto, apesar de qualquer dificuldade, ele completa: “Estou tão feliz com cada pessoa que nos ajudou, mesmo sem nos conhecer pessoalmente. Pessoas de diferentes nações nos ajudaram no nosso sofrimento. Obrigado por fazer isso”.

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Postado: 25 de março de 2018

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