“Através das imagens pode-se ver castigos extremos
como chicotadas, crucificação e apedrejamento, ações que parecem ser
práticas comuns entre eles”
República Democrática do Congo
O que tem acontecido na República Democrática do Congo tem chocado a muitos que não tinham acesso às informações. Há pouco tempo, um jornalista congolês escreveu um livro denunciando várias práticas do grupo ADF (Allied Democratic Forces – Forças Democráticas Aliadas). Leia mais na matéria Perseguição aos cristãos congoleses. Nicaise Kibel'Bel Oka, que também é editor da revista “Les Coulisses”, disse que há filmagens dos campos da ADF que ajudam a compreender melhor a organização e a estrutura do grupo. “Através das imagens pode-se ver castigos extremos como chicotadas, crucificação e apedrejamento, ações que parecem ser práticas comuns entre eles”, revela.
Ao contrário de outras organizações terroristas, a ADF não publica seus atos. “Eles aproveitaram a floresta tropical dos Montes de Ruwenzori, que abriga o Parque Nacional de Virunga, e montaram sua base, a 'Medina', em 2004 para treinar e enviar jihadistas para diversas regiões. Nos vídeos, vimos crianças entre 8 e 10 anos, sendo treinadas em artes marciais e no uso de armas. O grupo usa de sedução e dinheiro para recrutá-los em mesquitas. A pobreza generalizada, reforçada por anos de instabilidade, criou um terreno de recrutamento fértil para esses jihadistas”, disse o autor do livro “O advento da jihad na República Democrática do Congo – o terrorismo islâmico desconhecido do ADF”.
Além disso, Oka relata que os militantes realizam sequestros em massa de moradores e civis. “Os jovens são usados como combatentes, crianças e mulheres são submetidos à escravidão sexual. Os militantes também visam centros médicos, farmácias e lojas para adquirir remédios e alimentos. As igrejas também pagam um alto preço, sendo atacadas pelos islâmicos. Com isso, o islã cresceu de 8% para 12%. Também vale alertar sobre o papel desempenhado pelos guardas da ONU. Tropas da Índia e do Paquistão são conhecidas por seu proselitismo ao islã. Eles contribuem amplamente para a construção de mesquitas através de zarat (doações)”, contou.
Sendo assim, o escritor levanta a seguinte questão: quem está combatendo o radicalismo islâmico na República Democrática do Congo? “Se a ONU, os militantes do ADF e o exército congolês estão lado a lado, quem está contra o terrorismo? Todos se beneficiam de ajuda financeira externa, além da extração de recursos naturais no país, como ouro, cacau e exploração madeireira, que são a maior fonte de renda dessa nação. Além disso, eles possuem muitos simpatizantes na Arábia Saudita, Turquia e Europa, principalmente na Inglaterra”, conclui Oka. Ore pela situação da igreja no Congo.
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Postado: 11 de abril de 2017
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