domingo, 18 de dezembro de 2016

Veja quais deputados evangélicos votaram a favor da punição para juízes e promotores

 
Veja quais deputados evangélicos votaram a favor da punição para juízes e promotores


 Da esquerda para a direita: Deputados João Campos, Marcelo Aguiar, Sóstenes Cavalcante, Irmão Lázaro e Arolde Oliveira. (Imagem: Guiame)


 Proposta pelo deputado Weverton Rocha (PDT – MA), a emenda controversa contou com o apoio de metade dos deputados evangélicos. Confira como cada um deles votou.

 A votação do pacote das ’10 Medidas Contra a Corrupção’ (PL 4850/16) na Câmara, na madrugada da última quarta-feira (30), gerou diversos protestos pelo país, não apenas pela retirada de seis das propostas inicialmente apresentadas, mas também pela aprovação de uma emenda que limita a atuação de juízes e promotores do Ministério Público, sujeitando-os à responsabilização por “crimes de abuso de autoridade, com motivações político-partidárias”.

 Proposta pelo deputado Weverton Rocha (PDT – MA), a emenda controversa foi aprovada com 313 votos a favor, 132 contra e 5 abstenções.

 A votação sobre a proposta acabou dividindo os posicionamentos dos deputados evangélicos, entre votos a favor, contra e ausências. Somente entre esse grupo de parlamentares, houve 48 votos a favor, 29 votos contra a emenda, além de uma abstenção e 18 ausências.

 O deputado federal Roberto de Lucena (PV – SP) falou com exclusividade ao Guiame e afirmou que seu voto foi a favor das ’10 Medidas Contra a Corrupção’ e também contra a limitação da atuação de juízes e promotores.

 “Votei a favor das 10 medidas de combate à Corrupção e contra a punição aos juizes e promotores. Votei contra o crime de responsabilidade para juízes e promotores porque era fora de contexto, inadequada”, assegurou.

 “Estamos exatamente em meio a importantes operações de investigação de crimes de corrupção, à exemplo da lava-a-jato, e o texto votado pode se tornar como espadas e facas contra a cabeça dos responsáveis por essas investigações”, acrescentou.

 Lucena também explicou que a emenda pode soar como uma forma de retaliação do legislativo ao Ministério Público e ao poder Judiciário, o que ele classificou como uma situação inadequada.

 “Além disso, a proposta transparece 2 coisas (e não são, mas transparecem): uma retaliação do legislativo ao Ministério Público e ao judiciário ou uma preocupação corporativa. Não era adequada essa discussão e essa proposta no bojo das 10 medidas e exatamente nesse momento. Foi de mal tom e de mal gosto. E quanto a lava-a-jato, tem que ficar claro que ela não pertence ao Ministério Público, nem ao judiciário. Ela é da sociedade, do povo brasileiro!”, afirmou.

 Indignação

 Pastor da Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba (PR), Luiz Roberto Silvado viu as ’10 Medidas’ ainda sendo formadas em suas raízes e até mesmo participou com sua opinião na criação do Pacote.

 Procurado pela redação do Guiame, Silvado expressou sua indignação diante das diversas alterações feitas, o que ele chamou de “frieza” por parte dos parlamentares diante de um clamor popular tão genuíno.

 “Infelizmente no frio da madrugada ficou clara a frieza dos nossos parlamentares com relação à opinião do povo. Mais de 2 milhões de assinaturas não foram suficientes para faze-los entender que o ‘Brasil dos desmandos’ acabou!”, lamentou o pastor.

 Quando questionado sobre a inclusão da medida proposta proposta pelo deputado Weverton (PDT), Silvado não hesitou em apontar que a proposta configura retaliação por parte do legislativo.

 “Retaliação. Não existe outra maneira de classificar esta emenda. Ontem no plenário do Senado, enquanto o juiz Sérgio Moro estava presente, também ficou muito clara essa postura quando o senador do PT teve a oportunidade de falar na tribuna”, destacou.

 Pastor Silvado ainda destacou a importância de que o povo se manifeste efetivamente diante desta decisão da Câmara com relação ao Pacote das ’10 Medidas Contra a Corrupção’.

 “É por isto que a população mais uma vez precisa ir às ruas, pressionar seus “representantes” que decidiram representar a si mesmos”, destacou.

 Confira a lista completa dos deputados evangélicos que votaram a “Sim” (à favor da emenda), “Não” (contra a emenda), optaram pela abstenção ou se ausentaram:

 SIM

 Alan Rick (PRB- AC) Sim
 Silas Câmara (PRB – AM) Sim
 Hissa Abrahão (PDT – AM) Sim
 Erivelton Santana (PEN – BA) Sim
 Irmão Lazaro (PSC – BA) Sim
 Márcio Marinho (PRB – BA) Sim
 Tia Eron (PRB – BA) Sim
 Cabo Sabino (PR – CE) Sim
 Moses Rodrigues (PMDB – CE) Sim
 Ronaldo Martins (PRB – CE) Sim
 Sergio Vidigal (PDT – ES) Sim
 João Campos (PRB – GO) Sim
 Cleber Verde (PRB – MA) Sim
 Leonardo Quintão (PMDB – MG) Sim
 Marcelo Álvaro Antônio (PR – MG) Sim
 Julia Marinho (PSC – PA) Sim
 Edmar Arruda (PSD – PR) Sim
 Hidekazu Takayama (PSC – PR) Sim
 Altineu Cortes (PMDB – RJ) Sim
 Arolde de Oliveira (PSC – RJ) Sim
 Aureo (Solidariedade – RJ) Sim
 Benedita da Silva (PT-RJ) Sim
 Clarissa Garotinho (PR-RJ) Sim
 Fabiano Horta (PT – RJ) Sim
 Francisco Floriano (DEM – RJ) Sim
 Rosangela Gomes (PRB – RJ) Sim
 Roberto Sales (PRB – RJ) Sim
 Sóstenes Cavalcante (DEM – RJ) Sim
 Antônio Jácome (PTN – RN) Sim
 Carlos Gomes (PRB – RS) Sim
 Luis Carlos Heinze (PP – RS) Sim
 Lindomar (Garçon) Barbosa Alves – (PRB – RO) Sim
 Lúcio Mosquini (PMDB – RO) Sim
 Nilton Capixaba (PTB – RO) Sim
 Jhonatan de Jesus (PRB – RR) Sim
 Antônio Bulhões (PRB – SP) Sim
 Gilberto Nascimento (PSC – SP) Sim
 Jefferson Campos (PSD – SP) Sim
 Jorge Tadeu Mudalen (DEM – SP) Sim
 [Miss.] José Olímpio (DEM – SP) Sim
 Marcelo Aguiar (Suplente em exercício) (DEM – SP) Sim
 Paulo Freire (PR-SP) Sim Roberto Alves (PRB – SP) Sim
 Vinicius Carvalho (PRB – SP) Sim
 Pastor Jony Marcos (PRB – SE) Sim
 César Halum (PRB – TO) Sim
 Aguinaldo Ribeiro (PP – PB) Sim
 André Abdon (PP – AP) Sim

 NÃO

 JHC (João Henrique Caldas) (PSB – AL) Não
 Ronaldo Fonseca (PROS – DF) Não
 Carlos Manato (SD – ES) Não
 Max [Freitas Mauro] Filho (PSDB – ES) Não
 Fábio Sousa (PSDB – GO) Não
 Eliziane Gama (PPS – MA) Não
 Weliton Prado (PMB – MG) Não
 Josué Bengtson (PTB – PA) Não
 Rômulo Gouveia (PSD – PB) Não
 Christiane Yared (PR – PR) Não
 Fernando Francischini (Partido da Solidariedade-PR) Não
 Marcelo Belinati (PP – PR) Não
 Sandro Alex (PSD – PR) Não
 Toninho Wandscheer (PROS – PR) Não
 Pastor Eurico (PSB-PE) Não
 Alexandre Serfiotis (PMDB – RJ) Não
 Cabo Daciolo (PTdoB – RJ) Não
 Ezequiel Teixeira (PTN – RJ) Não
 João Ferreira Neto [Dr. João] (PR – RJ) Não
 Walney Rocha (PEN – RJ) Não
 Onyx Lorenzoni (DEM – RS) Não
 João Derly (REDE – RS) Não
 Marcos Rogério (DEM – RO) Não
 Carlos Andrade (PHS – RR) Não
 Geovania de Sá (PSDB – SC) Não
 Bruna Furlan (PSDB – SP) Não
 Edinho Araújo (PMDB – SP) Não
 Luiz Lauro Filho (PSB – SP) Não
 Roberto de Lucena (PV – SP) Não

 ABSTENÇÃO

 Luiz Cláudio (PR – RO) Abstenção

 AUSENTE

 Sérgio Brito (PSD – BA) Ausente
 Pastor Luciano Braga (Suplente em exercício) (DEM – BA) – Ausente
 Victório Galli Filho (PSC-MT) Ausente
 Brunny / Brunniele Ferreira Gomes (PR – MG) Ausente
 George Hilton (PROS – MG) Ausente
 Lincoln Portela (PRB – MG) Ausente
 Stefano Aguiar (PSD – MG) Ausente
 Rejane Dias (PT-PI) Ausente
 Anderson Ferreira (PR – PE) Ausente
 Chico Alencar (PSOL – RJ) Ausente
 Marcos Soares (DEM – RJ) Ausente
 Marquinho Mendes (PMDB – RJ) – Ausente
 Washington Reis (PMDB – RJ) Ausente
 Ronaldo Nogueira (PTB – RS) Ausente
 Shéridan Oliveira (PSDB – RR) Ausente
 Pr. Marco Feliciano (PSC – SP) Ausente
 Laércio Oliveira (SD – SE) Ausente
 Shéridan Oliveira (PSDB – RR) Ausente

 Nem todos os deputados listados acima estão filiados à Frente Parlamentar Evangélica. Esses dados foram coletados dos sites ‘Metodista.br’, ‘Camara.leg.br’ e ‘Veja.com’.

 A redação do Portal Guiame procurou ouvir deputados que votaram a favor da emenda, mas não obteve resposta de nenhum deles até a publicação desta matéria.

 *Por João Neto, com colaboração de Luana Novaes e Karlos Aires




Postado: 18 de dezembro de 2016

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