Morte e ressurreição nos permite libertação do pecado e uma nova vida Nele
Neste domingo celebra-se a Páscoa, uma das principais datas do calendário judaico e cristão. Os judeus celebram a libertação do seu povo do Egito. Na Nova Aliança, Cristo é a Páscoa. A Sua morte e ressurreição permite libertação do pecado e uma nova vida Nele.
Confira a seguir um trecho do artigo publicado na edição de abril do jornal Mensageiro da Paz sobre o tema:
Em uma primeira leitura sobre as dez pragas enviadas contra o Egito, nós deduzimos que a aparente razão para tais calamidades foi apenas a obstinada recusa do Faraó em obedecer à ordem do Eterno de libertar Israel. No entanto, se esse fosse o único propósito, um único golpe devastador teria sido suficiente.
Por que o Eterno optou por dez pragas? Porque, por intermédio das dez pragas, o Eterno demonstrou não apenas ser o Criador do universo, mas Senhor único e absoluto dos céus e da terra, o Juiz supremo e o Regente da natureza. Segundo a cultura judaica, cada praga que Deus manifestou no Egito serviu como castigo pela escravidão, tortura e a campanha de genocídio perpetrada pelos egípcios contra o povo judeu.
O texto de Êxodo 5.1 diz: “(...) para que celebre uma festa no deserto”. Implicitamente, essa era a festa da Páscoa. Somente depois de o faraó ter “endurecido o coração” e repetidamente se recusado a liberar o povo judeu, as portas do arrependimento se fecharam. Maimônides, um dos maiores rabinos da história de Israel, explica que a expressão “endurecerei o coração” é o castigo que Deus impõe a quem cometeu um grave pecado: privá-lo da possibilidade de se arrepender. Esse é o significado dessa expressão para os rabinos. Percebemos essa ideia no caso de Esaú, que buscou o arrependimento e não o encontrou (Hb 12.16,17).
As razões naturais que levaram os judeus a incorporar em suas vidas a celebração da Páscoa, no hebraico “Pesach” (passagem, passar por cima), são relevantes e todas de grande significado. Buscando descortinar os motivos que deram alegria aos judeus em comemorar a Páscoa, devemos observar o capítulo 12 de Êxodo, onde vemos o Eterno não só instituindo tal festa, como também apontando os benefícios dela advindos. Assim, ao celebrar a Páscoa, quer a primeira, quer as que se seguiram, o judeu tinha por base quatro grandes bênçãos de Deus, como veremos agora:
1) Ela representou o começo de uma nova contagem do tempo
A partir dessa data, o povo deveria, e num certo sentido estava, reiniciando a vida. Isso é magnífico, pois para os judeus a vida era somente opressão, humilhação e opróbrio. Deus queria lhes ensinar algo lindo: a partir deste acontecimento, eles estavam voltando ao zero, e tendo a oportunidade de recomeçar suas vidas.
O versículo 2 diz: “este mês será o principio dos meses”. Isso queria dizer que o novo calendário vinha diretamente de Deus e que eles teriam um novo começo. Definitivamente, eles abandonariam o calendário da escravidão vivida sob o império egípcio e começariam a contar seus dias a partir do mês da libertação! Nenhuma lembrança deveria acompanhá-los. Houve uma ruptura entre o calendário egípcio e o divino.
Deus estava dizendo ao povo judeu: “Chega de escravidão! Hoje faço uma ruptura no calendário antigo”. Deus, por meio do profeta Isaías, afirma: “Eis que faço uma coisa nova, agora sairá a luz” (Is 43.19).
Na Nova Aliança, Cristo é a Páscoa. Em Cristo, hoje pode ser um novo tempo em sua vida! Não haverá lembrança dos tempos antigos. O texto é do pastor-adjunto na AD Utinga (SP), Marcelo Oliveira, também pós-graduado em Antigo Testamento, conferencista, hebraísta, escritor e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil.
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Confira o artigo completo no jornal Mensageiro da Paz nº 1.523 – abril de 2012
Fonte:http://www.adalagoas.com.br/
Postado em 12 de abril de 2012
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