terça-feira, 12 de junho de 2012

Testemunho de cristãos eritreus que foram presos

cristãos que foram presos na Eritreia


John e Paul são cristãos da Eritreia. John contou que começou a buscar a Deus por influência de sua irmã mais velha, pois os dois eram muito próximos. A irmã de John o levava à escola dominical, onde crescia na fé. Juntos, os dois participavam de estudos da Bíblia e do coral da igreja.

Nessa mesma época, John foi obrigado a servir o exército. O governo já começava a impor restrições às igrejas, mas ainda não era tão sério quanto é atualmente. A perseguição começou leve e muitos superiores nos campos militares confiscavam Bíblias, músicas e mensagem em fita cassete, com avisos para que houvesse uma paralisação das atividades “ilegais”. Com o passar do tempo, reuniões e evangelismo nos campos foram proibidos. Mas, mesmo assim, os cristãos se reuniam secretamente.
John foi transferido para outro campo militar, onde conheceu Paul. A amizade entre os dois se tornou forte quando eles começaram a compartilhar sua crença em Jesus e as duras restrições os aproximaram mais ainda mais de Deus. Eles, então, encontraram um grupo que se reunia perto do campo e começaram a participar dos cultos. No entanto, a polícia descobriu as reuniões e prendeu todos os participantes.
Os dois ficaram presos por quase dois anos e depois foram transferidos para uma prisão diferente: eles foram trancados em um contêiner de metal por um ano. De lá eles foram transferidos para outra prisão. Os dois foram presos sem nenhuma acusação formal e ficaram indo de prisão em prisão, por quase nove anos.
“Nossas famílias não estavam autorizadas a nos ver, nossos pais não sabiam se nós estávamos vivos e nem onde estávamos. Muitos prisioneiros morreram e foram enterrados sem suas famílias saberem. Todas as prisões são iguais para os cristãos: sem acusações, só prisão por longos períodos.”
“Éramos, muitas vezes, pressionados a negar a nossa fé. Mas sempre nos recusávamos. E quando isso ocorria, éramos punidos. Às vezes íamos trabalhar debaixo de sol forte sem ter comido ou bebido nada.”
Após relatar as péssimas condições nas prisões onde ficaram e o duro trabalho que tiveram de fazer todos os dias, eles continuavam falando e sorrindo: “Mas ainda temos Jesus, e isso é o que vale mais”.

Postado em 12 de junho de 2012

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