sexta-feira, 26 de agosto de 2016

A realidade é sombria por que falta liberdade religiosa

 
 Este reino nos Himalaias é famoso por ser uma terra onde a satisfação impera e a tristeza não ganha visto de entrada. Todavia, para os cristãos, a realidade é sombria por que falta liberdade religiosa

 Butão
No meio de dois gigantes vizinhos: Índia ao sul e China ao norte, o Butão não aparece geralmente nos noticiários internacionais. No entanto, o país ganhou alguma fama por seu projeto Felicidade Nacional Bruta (GNH, em inglês), um índice que avalia a prosperidade do país segundo a qualidade espiritual, física e circunstancial de seus cidadãos e do meio ambiente.

 Politicamente, depois das eleições de 2013, a oposição assumiu o poder e tem resolvido alguns problemas sociais e econômicos. Entretanto, a situação dos cristãos, que são uma pequena minoria entre os butaneses, permaneceu mais ou menos estável e não sofreu alterações desde os últimos anos, o que também significa que a igreja ainda não possui qualquer estatuto formal ou reconhecimento.

 Reuniões da igreja em aldeias remotas, especialmente, continuam a ser monitoradas e perturbadas. Obter um registro de igreja ou ainda uma propriedade para a formação de uma igreja não é possível. Cristãos butaneses são muitas vezes pressionados a negar sua fé, a maioria dos pastores realizam as suas reuniões secretamente.

 Não há membros de igrejas históricas no Butão. Enquanto trabalhadores expatriados e imigrantes experimentam algumas limitações, cristãos convertidos do budismo ou de contextos tribais, bem como membros de igrejas protestantes não-tradicionais, têm enfrentado forte perseguição de seus familiares, amigos e vizinhos.

 Os cristãos são discriminados na vida privada e na profissional e são forçados a negar sua fé cristã e retornar para a religião tradicional do Butão. As crianças são vítimas de preconceito por professores e colegas de classe, podendo em alguns casos, ter até mesmo acesso negado à escola.

 A perseguição não é marcada geralmente pela violência. Em janeiro de 2015, o Pastor Tandin Wangyal foi libertado da prisão após ter pago uma multa. Contudo, enquanto o governo e a sociedade dão ao budismo um papel predominante e a minoria cristã não é formalmente reconhecida, os cristãos permanecerão vulneráveis a acusações e ataques e continuarão se sentindo isolados.

 A Portas Abertas provê apoio emergencial a cristãos butaneses quando sua fé em Cristo os leva a prisões, exclusão de suas famílias e comunidades, e os priva de viver e se sustentar. O apoio à Igreja Perseguida no Butão acontece também através de oração, discipulado, distribuição de literatura cristã, custeio de honorários de advogados para representar cristãos em processos legais e do Seminário Permanecendo Firme Através da Tempestade.

 "Tenho medo, mas Deus é minha paz. Deus é o meu conforto. (...) Nada nos anima mais do que saber que pessoas em todo o mundo oram por nós." Tandin Wangyal, pastor butanês.





Postado: 26 de agosto de 2016

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