Mianmar (Burma) está entre os países que trata os
cristãos com mais violência. A igreja é perseguida principalmente por
extremistas budistas e militares
Mianmar
Em 2015, a nação se preparava para sediar as primeiras eleições livres em 25 anos, que aconteceram em novembro com a vitória da oposição. Durante as campanhas presidenciais, o exército continuou atacando as minorias étnicas nos estados de Shan e de Kachin, ainda que um cessar-fogo tivesse sido assinado em outubro. Grande parte dos partidos de minorias étnicas permaneceu fora do parlamento, e este provavelmente terá menos membros cristãos que o anterior.
O nível de violência é alto no país: cristãos são fortemente atacados e igrejas destruídas. Uma organização de monges budistas radicais (Ma Ba Tha) intensificou suas campanhas contra minorias religiosas e, com sucesso, ajudou a introduzir quatro leis para a "Proteção de Raça e Religião" em agosto de 2015. As leis recentemente introduzidas, embora não proibindo totalmente as conversões ao cristianismo, colocam obstáculos para tal, bem como para casamentos de pessoas de religiões distintas.
Membros de igrejas históricas, mas convertidos do islamismo ou budismo e membros das igrejas protestantes não-tradicionais enfrentam forte pressão de seus familiares, amigos e vizinhos a negar sua fé cristã. Crianças cristãs enfrentam discriminação de professores e colegas de classe. Há relatos de que alguns são forçados a assistir às aulas de budismo e vestir trajes de monges ou freiras. Em janeiro de 2015, duas professoras enviadas pela Convenção Batista em Kachin para ajudar e ensinar adultos e crianças, foram violentadas e mortas no Estado de Shan. Outros foram mortos quando tentavam encontrar abrigo nas igrejas. Milhares de cristãos se encontram internamente deslocados ou vivendo na fronteira com a China.
Embora as eleições livres e justas apontem para uma fonte de esperança, permanecem dúvidas se as minorias éticas e religiosas terão voz na sociedade. A situação dos refugiados Rohingya destaca os desafios que os grupos budistas radicais colocam diante das minorias religiosas e étnicas. Outro fator preocupante é a influência dos militares na política do país. Eles afetam, principalmente, áreas predominantemente cristãs como o Estado de Kachin e não há grandes mudanças previstas quanto a isso.
Para fortalecer a Igreja Perseguida em Mianmar a Portas Abertas tem enviado literatura cristã e investido em programas de discipulado e treinamento de líderes no país. Por causa da discriminação social e pobreza, os projetos sociais ajudam muitas famílias cristãs de baixa renda.
"Quando as autoridades pararam a construção da nossa igreja, choramos muito. Perguntávamos a Deus por que isso havia acontecido conosco. Agora oramos para que Deus complete nossa construção, para que esse seja um lugar para Ele, para a comunidade e para os cristãos". Vung, pastor em Mianmar.
Postado: 23 de agosto de 2016
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