Governo indiano nega a perseguição religiosa, mas os
relatórios de importantes instituições no país afirmam que a situação
está cada vez pior
Índia
A situação para os cristãos indianos não tem previsão de melhora, pelo menos em curto prazo. Os ataques às minorias religiosas no país estão cada vez mais intensos e o governo insiste em negar a realidade das ações vindas por parte dos hindus radicais. O político indiano, Venkaiah Naidu, que atualmente é o Ministro da União de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Alívio da Pobreza, insistiu em declarar que a Índia é o "país mais tolerante do mundo". A negação do governo em relação à perseguição religiosa realmente está acontecendo.
As opiniões de importantes instituições no país mostram exatamente o contrário do que o governo afirma. Por exemplo, a Comunidade Evangélica da Índia (EFI, sigla em inglês, Evangelical Fellowship of India), publicou em seu último relatório que as minorias religiosas continuam sendo atacadas fisicamente e que enfrentam leis totalmente repressivas, que reduzem a liberdade de religião e de crença. Tudo isso tem acontecido, mesmo com o governo indiano sendo signatário de várias declarações internacionais, convênios e tratados sobre os direitos humanos.
Os relatórios da Portas Abertas também registam um aumento severo no número de incidentes religiosos na Índia. Só em 2015, entre os cristãos, houve pelo menos 9 assassinatos, 23 igrejas e 25 casas foram destruídas e houve mais de 400 detenções, além de 3 sequestros registrados, 3 mulheres que foram abusadas e 359 pessoas agredidas fisicamente. Levando em conta que estes números são apenas de casos notificados e confirmados, chega-se à conclusão de que o número real de incidentes é muito maior.
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Postado
31 de julho de 2016
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