quarta-feira, 29 de março de 2017

Igreja fornece ajuda alimentar para deslocados

 
 Há cerca de 7 mil deslocados que vivem em campos controlados pelo governo nigeriano, mas foram convidados a desocupá-los até o dia 30 de março


 Nigéria
O líder cristão Maurice Kweirang, responsável pelos trabalhos de campo realizados em Yola, em Adamawa, disse a um dos colaboradores da Portas Abertas que sua igreja tem fornecido ajuda alimentar para muitas pessoas, mas há outras que ainda não recebem nenhum tipo de ajuda. Segundo ele, as autoridades negam a existência delas e ainda dizem que a presença de deslocados é um fator negativo para os negócios na capital do Estado.

 “A igreja não consegue alimentar a todos, pois temos capacidade financeira limitada. Não é possível estender a mão para todos os deslocados fora do campo”, o líder lamenta. “Estamos fornecendo alimentação uma vez por semana para aqueles que foram acolhidos em comunidades. No total são 3.856 famílias que recebem essa ajuda, independente de religião”, disse ele. Maurice chegou a contatar algumas organizações humanitárias, pedindo socorro, mas eles disseram que o último relatório vindo de Adamawa não estava indicando qualquer presença de deslocados internos.

 Infelizmente, nesse momento há cerca de 7 mil deslocados que vivem em campos controlados pelo governo nigeriano, mas foram convidados a desocupá-los até o dia 30 de março. O número de pessoas nessas condições é ainda maior nas aldeias que rodeiam Yola. Outros milhares de refugiados nigerianos foram forçados pelo governo de Camarões a retornar para casa. Dessa maneira, a crise de fome aumenta cada vez mais na Nigéria.

 Camarões chegou a acolher 85 mil nigerianos e agora o país foi duramente criticado pela ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) por rejeitá-los. Uma estação de TV local mostrou imagens deles chorando muito, traumatizados e magros. Muitos relataram que foram maltratados e que os camaronenses suspeitavam que eles eram membros do Boko Haram. Embora estejam de volta ao país de origem, não podem voltar para suas comunidades por razões de segurança, já que os militantes ainda estão em ação, roubando, atacando suas terras, queimando propriedades e raptando mulheres e crianças. Ore pelos cristãos perseguidos na Nigéria.

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Postado: 29 de março de 2017

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