Proprietários muçulmanos se recusam a pagar cristãos que trabalharam em suas terras e quando são cobrados, eles atacam a família
Paquistão
Um camponês cristão de uma aldeia remota no Paquistão foi espancado por reivindicar uma cota das plantações que pertenciam à sua família. Mais de 12 homens armados com bastões, machados e armas de fogo invadiram a casa de Jhoora Masih, na vila de Bagri, e colocaram fogo em tudo, além de rasgarem as vestes de sua esposa e filhas, humilhando-as. Na delegacia de polícia de Saddar Gogera, no mesmo dia, o camponês que também levou um tiro na mão, não conseguiu registrar um boletim de ocorrência contra os criminosos. Somente depois de muita pressão por parte de ativistas de direitos humanos o caso foi registrado, dois dias depois.
Até agora ninguém foi preso e os suspeitos moram na casa ao lado, motivo pelo qual continuam assediando a família. Uma cristã paquistanesa também foi atacada depois de pedir seu pagamento. O distrito paquistanês de Kasur se tornou famoso no final de 2014, quando um jovem casal cristão foi atacado por uma multidão e depois queimados vivos. O julgamento dos criminosos ainda está em andamento. “A polícia não está interessada em prender os suspeitos, além disso, Jhoora Masih foi baleado, mas não está hospitalizado. Isso deixa claro que o Estado está excluindo os cristãos”, disse Khalid Shahzad, um ativista de direitos humanos.
“Faz seis meses que minha família e eu trabalhamos nesses campos com mais seis homens. Eles dividiram o lucro entre si e se recusaram a pagar a nossa parte, que equivale a 26 mil rúpias paquistanesas (cerca de 260 dólares). Quando cobrei, eles me bateram e quando fui à polícia eles invadiram minha casa e atacaram minha família, alegando que eu os humilhei”, relatou Jhoora. Nos depoimentos dos seis acusados, eles disseram que o cristão os atacou primeiro, e depois espalharam a notícia de que Jhoora havia blasfemado contra o islã.
Em julho de 2009, houve um incidente semelhante com outra família, quando proprietários muçulmanos se recusaram a pagar a parte dos camponeses, na vila de Bahmaniwala, em Kasur. Depois disso, mais de 110 casas de cristãos foram saqueadas. O caso mais notável de injustiça cometida contra cristãos e de acusação de blasfêmia, é o de Asia Bibi, que está presa há quase 7 anos, acusada de blasfemar contra o islã. No Paquistão, onde a violência contra o cristianismo cresce a cada dia, casos como esses estão se tornando cada vez mais comuns, onde os seguidores de Cristo são tratados com discriminação. Em suas orações, interceda por eles.
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Postado 25 de junho de 2016
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