Usar o hijab (véu islâmico para mulheres) é obrigatório na cultura dos muçulmanos. Para eles, a mulher que cobre sua cabeça e seus pés está livre de qualquer julgamento de sua aparência.
As mulheres da Indonésia seguem com rigor o código de vestimenta islâmico. Além disso, o governo não as obriga a usar o traje; só são obrigadas se residirem em uma província que aplique a lei da Sharia (lei islâmica). Elas também podem ser forçadas a usar a roupa se suas famílias forem muçulmanas há muito tempo.
Arsih, uma mulher de 42 anos, nasceu em uma família tradicionalmente islâmica. Embora ela tenha orado e aceitado a Jesus desde 2000, ela ainda cobre sua cabeça com o véu usado por mulheres muçulmanas.
“Eu decidi que ainda usaria meu véu”, explicou Arish em um retiro organizado pela Portas Abertas para cerca de 60 cristãos de origem muçulmana, em junho de 2011. “É uma sensação estranha se parar de usá-lo, pois sempre o usei, desde pequena.”
Arsih, mãe de quatro filhos, vive em uma cidade não revelada na Java Central, Indonésia. Apesar de ter nascido em uma família islâmica, ela cresceu em meio às tradições do povo. Ela consultava Xamãs e acreditava em talismãs, o que era comum em seu vilarejo.
Em 1999, Arsih viu seus negócios começarem a afundar e contraiu uma doença que a fazia sangrar muito. Ela também foi diagnosticada com paranoia pelos médicos e, culturalmente no país, doenças psicológicas são motivos de vergonha para as famílias.
A família dela deixou-a, então, trancada em um quarto escuro, longe de todos. Ela ficou nesse quarto sozinha por alguns meses. Em outubro de 2000, os médicos disseram que a doença de Arsih não tinha mais tratamento e tiraram toda esperança dela. Ela ainda havia entrado em coma por ter perdido sangue demais.
“De alguma forma, eu já sabia que Jesus havia me curado, porque Ele me visitou em meus sonhos quando eu estava em coma”, disse Arsih, tentando segurar as lágrimas. “Eu vi os buracos em suas mãos. Era a prova de que Ele havia morrido para me salvar. Ele curou meu corpo, minha alma e meu espírito.”
Arsih começou a estudar a bíblia. Ela e seu marido conheceram outros cristãos e começaram a aprender mais sobre a fé cristã. Ela e sua família foram batizadas e desfrutam da comunhão com outros cristãos, que se reúnem duas vezes por semana.
Arsih ainda usa o véu, porque se descobrirem que ela se tornou cristã seria pressionada, ameaçada, podendo até ser morta. Ela ainda vai à mesquita cinco vezes por dia, mas ora a Jesus. Aos poucos, ela tem falado sobre sua fé com seus parentes.
Ore pela vida de Arsih e sua família. Ela ainda tem muito receio de compartilhar sua fé com sua família, que tem grande importância para a cultura islâmica de onde mora. Ore para que ela tenha coragem e que Deus possa tocar o coração de seus familiares.
Postado em 10 de fevereiro de 2012
0 comentários:
Postar um comentário