Embarcação foi comprada há dois anos para facilitar o acesso a povoados ribeirinhos
Nada de carro ou ônibus. O presbítero Wagner Lins de Melo, de 35 anos, da Assembleia de Deus na cidade de Pão de Açúcar-AL, liderada pelo pastor Manoel Antônio de Farias, utiliza uma canoa como principal meio de transporte para chegar a dois povoados ribeirinhos, onde há congregações em que ele é o dirigente. O acesso a estas localidades, principalmente na estação do inverno, é apenas pelo rio São Francisco.
A embarcação motorizada foi comprada há dois anos pelo valor de R$ 2.600, foi paga com bastante sacrifício em dez parcelas com a ajuda, também, dos membros daquele campo eclesiástico. Antes, para chegar aos povoados Ilha do Ferro e Mata da Onça, o obreiro contava com uma lancha que transportava alunos. O principal empecilho era que o horário de saída que era muito tarde. Por conta disso, a igreja se motivou a comprar uma canoa.
Depois de adquirida, ela já recebeu o letreiro do Departamento de Evangelização da Assembleia de Deus no município de Pão de Açúcar. Por enquanto, somente o presbítero Wagner Lins está autorizado a pilotar a embarcação. Até porque foi o próprio pastor José Antonio dos Santos, presidente da AD no Estado, em acordo com o pastor Manoel Antônio de Farias, quem o designou a atuar nestas localidades, sobretudo na Ilha do Ferro, onde o pastor José Neco afirma ter conquistado o primeiro crente para Cristo.
O presbítero Wagner diz ter sido empossado como dirigente do povoado Ilha do Ferro quando nem havia ponto de pregação. Ele fica cerca de 15 km do centro da cidade. A solenidade, segundo ele, aconteceu numa calçada e com a participação de vários obreiros da região mais próxima. Para chegar lá, em período de estiagem, a pista é liberada. “Ganhei uma motocicleta recentemente da igreja e, durante o verão, a utilizo para chegar à congregação. Entretanto, no inverno, vou de canoa mesmo”, contou.
Ele explica que para o povoado Mata da Onça só se pode ter acesso pelo rio. Portanto, a embarcação é extremamente necessária. Desde que há um ponto de pregação nesta localidade, dos cerca de 100 habitantes, quinze já se converteram. Os outros estão sendo evangelizados semanalmente. Os cultos por lá acontecem sempre aos domingos. Já na Ilha do Ferro, conforme divulgou o obreiro, 25 já são membros e há dois cultos por semana.
Nas viagens até estes lugarejos, o presbítero, geralmente, parte sozinho. Às vezes, segundo ele, um obreiro ou o cachorro de estimação são as suas únicas companhias. Os familiares (a esposa e os dois filhos – um de 13 e outro de 9 anos) admiram o trabalho e apostam que é uma grande estratégia usada por Deus para conquistar a população ribeirinha do Sertão do Estado.
“Meus filhos, por exemplo, dizem que têm orgulho e que gostariam de ser igual a mim quando estiverem mais velhos. Minha esposa tem um pouco de receio das viagens pelo rio, mas admira e incentiva esta obra, entendendo que é da vontade de Deus”, comentou o presbítero Wagner.
“Sinto-me privilegiado por estar servindo ao Senhor literalmente. A primeira oportunidade que tive na obra foi colaborar com o pastor Reinaldo Miranda, no povoado Palateia, na Barra de São Miguel. Depois fui chamado pelo pastor Manoel Farias e pelo pastor José Neco para contribuir aqui no Sertão. Não estou aqui para aventurar, mas para retribuir os feitos de Cristo em minha vida”, expressou.
O presbítero Wagner ainda presta assistência a mais duas congregações em povoados do município: Riacho Grande e Machado. Estes locais não são ribeirinhos. “O pastor Manoel Farias pensa em abrir outros pontos de pregação em povoados ribeirinhos, mas ainda estamos aguardando a direção de Deus. Nessa época do ano, o calor é muito grande e o desgaste físico é ainda maior. Estamos orando a Deus para que surjam mais obreiros empenhados na obra do Mestre e que estejam dispostos a nos ajudar nesta tarefa”, declarou.
Fonte:http://www.jneweb.com.br/
Postado em 13 de fevereiro de 2012
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