quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O que faria Jesus na seguinte situação?

James Pereira


Eu mal havia chegado no templo da Assembleia de Deus em Bebedouro na cidade de Maceió-AL, da qual sou membro há duas décadas, ontem à noite (20/02/2012), quando fui abordado por uma irmã que estava bastante chateada (e com toda a razão, diga-se de passagem) porque uma senhora não-evangélica estava deixando o templo por não conseguir um lugar na parte interna da congregação para prestigiar o evento. A senhora ficou tão constrangida que prometeu nunca mais visitar nossa congregação. "Eu já visitei outras igrejas e nunca fui tão desprezada como fui aqui" afirmou a senhora cujo nome não foi dito pela irmã.

Quando perguntei quem foi que não a deixou a senhora não-cristã entrar na congregação, a irmã respondeu que os obreiros da Casa do Senhor não permitiram pois receberam ordens para deixarem entrar apenas os jovens que fazem parte do grande conjunto. Isso mesmo! Os jovens cristãos (ou evangélicos, sei lá), pois como se trata de um congresso de jovens e adolescentes, apenas eles tiveram todo o direito de estar de forma confortável dentro do templo. "A prioridade é deles", afirmaram alguns obreiros. Como o conjunto era formado por quase 600 (seiscentos) jovens, não havia lugar suficiente para qualquer outra pessoa que não fosse integrante do conjunto.

Contudo, há algumas perguntas que não saem da minha cabeça. O que faria Jesus diante dessa situação? Será que Ele deixaria essa senhora ir embora, ou providenciaria um lugar para que ela pudesse ouvir Sua mensagem? Aliás, será que Ele privilegiaria mais os jovens considerados salvos, ou agiria em favor da não-convertida? A propósito, qual é o real objetivo do evento? Enclausurar centenas de jovens dentro de um prédio para que eles não se desviem durante o carnaval, ou é resgatar mais vidas das mãos de satanás?

Certa vez, eu conversava com o presbítero que dizia que todo o sacrifício seria válido para a realização do evento desde que pelo menos uma alma se arrependesse. Isso é até óbvio, mas como esperar que uma pessoa se arrependa se ela não tem acesso ao templo? Será que não há certa incoerência nessa atitude com as palavras do querido presbítero?

Embora tivesse inúmeros lugares no estacionamento da igreja com um telão a disposição de todos, não vejo nada mais entristecedor do que não disponibilizar lugares próprios dentro do templo para os não-convertidos. Se fosse uma autoridade política, em fração de segundos quase todos os obreiros conseguiriam um lugar para essa figura. Dependendo do político, até o púlpito seria utilizado para acomodá-lo. Mas, como era apenas uma vida...

Para mim, não restam dúvidas de que Jesus jamais permitiria que aquela senhora fosse embora sem que antes tivesse a oportunidade de ouvi-Lo. Ele ficaria muito mais feliz com a presença dela do que com a presença dos 600 mancebos que alegres O adoraram. Sobre isso, é oportuno lembrar das palavras ditas pelo próprio Jesus: "Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento." (Lucas 15 : 7)

Enfim, comando do evento falhou (vale lembrar que não se trata de amadores, pois essa já á 11ª edição do congresso) por não reservar lugares para os não-evangélicos. Falhou também por, nesse caso, não ser parecido com Cristo.




Fonte:http://parecidoscomcristo.blogspot.com/
Postado em
22 de fevereiro de 2012

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