Além de ser fonte de renda para grupos radicais, sequestros visam intimidar cristãos no país
IÊMEN
Depois de um ano e meio sequestrado no Iêmen, o líder cristão Tom Uzhunnalil foi libertado através da intervenção dos governos da Índia e de Omã. Tom Uzhunnalil é um cristão indiano que servia no Iêmen há quatorze anos. Em 2015, quando sua igreja foi queimada, ele passou a trabalhar numa casa de repouso para idosos e deficientes na cidade de Aden, no sul do país.
“Os cristãos de todo o mundo se alegram, juntamente com os irmãos indianos e iemenitas, pela libertação de Tom Uzhunnalil”, diz a analista de perseguição da Portas Abertas, Henriette Kats. Segundo ela, sequestros no Iêmen não são um fenômeno raro, já que são uma fonte de renda para grupos radicais. “Entretanto, não seria certo pressupor que os motivos são apenas financeiros”, afirma.
Ela observa que a maioria dos alvos de sequestros são ocidentais que, no Oriente Médio, são genericamente considerados cristãos. Eles são, obviamente, conhecidos por ser abastados e ligados a organizações ricas. Mas é bem provável que a religião pela qual são identificados seja uma razão adicional para os sequestros. “Vale a pena notar que há raríssimos casos de muçulmanos ricos sequestrados.
No caso de Tom, a vítima era um indiano, então não era necessariamente considerado alguém que tivesse dinheiro. Esse é um indicador de que sua fé cristã tenha sido o motivo principal. Provavelmente, o sequestro teve como objetivo, pelo menos em parte, deter os cristãos de viver sua fé e oferecer ajuda aos necessitados no país devastado pela guerra”, analisa Henriette Kas.
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Postado: 03 de outubro de 2017
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