quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Na centenária Assembleia de Deus, uma parte ainda pouco conhecida da história de Alagoas

Conheça a história de homens e mulheres que ajudaram a construir a primeira igreja pentecostal no Estado


 Russell Shedd, escritor evangélico e conferencista internacional, em recente palestra ministrada no templo sede da Assembleia de Deus em Maceió, disse que o apóstolo Paulo, no século I de nossa era, teve por estratégia de evangelismo concentrar seus esforços missionários nas cidades portuárias do Mediterrâneo, pois dali, os comerciantes, convertidos ao cristianismo, partiam em barcos para outros territórios, bem como muitos adentravam no interior, através das estradas criadas pelos romanos, propagando a mensagem de um Cristo ressurreto. Eram verdadeiros evangelistas.

 Assim também, hoje, o evangelho pentecostal em Alagoas, iniciado no porto de Maceió há cem anos, com a chegada dos missionários suecos, produziu uma chama no coração dos convertidos a este novo estilo de vida, e, através de homens e mulheres denodados, enfrentando lutas e dificuldades imensas, penetraram nas matas, agreste e sertão de nosso Estado, levando a mensagem salvífica do evangelho. Desta forma, igrejas incipientes e trabalhos que começaram com muita dificuldade, tornaram-se igrejas fortes e abundantes.

 Devido à exiguidade do tempo, bem como a falta de documentos da época, deixamos de registrar acontecimentos e dados importantes da fundação de cada igreja no interior de nosso Estado. Assim, pomos à disposição dos leitores apenas algumas cidades de que temos em mãos. Sabemos que esta expansão se deu em sua maior parte, nas décadas de 30 e 40, período em que esteve na presidência da instituição, o pastor Antonio Rêgo Barros, que, com a ajuda de leigos (alguns até semianalfabetos), partiram para as vilas e povoados, enfrentando dificuldades, dentre elas, a intolerância religiosa de alguns sacerdotes católicos romanos, que incitavam as populações contra o avanço desta “nova seita” como eram chamados os primeiros evangelistas.

 Vejamos algumas das cidades onde o evangelho pentecostal, sob a responsabilidade da Assembleia de Deus no Estado de Alagoas, chegou primeiro:

 MARAGOGI

 O fundador da Igreja Assembleia de Deus em Alagoas, missionário Otto Nelson, em uma de suas viagens evangelísticas pelo país, visitou Maragogi em novembro de 1924, o primeiro culto realizado nesta cidade foi sediado na casa de Manoel Neto Cavalcante, conhecido popularmente como “Irmão Nezinho”. Fundou-se nesta data e local a Igreja Assembleia de Deus de Maragogi. As reuniões aconteciam com frequência, mesmo com um número pequeno de crentes. A fé superava todos os obstáculos que estavam por vir, inclusive há registros de um fato onde o missionário Otto Nelson relata: “Estávamos todos ali reunidos, orando e cultuando a Deus e de repente alguns pescadores começam a jogar pedras e arrastaram todos para fora da casa, rapidamente fiz um clamor ao Deus Todo Poderoso e imediatamente um milagre aconteceu, fomos libertos pela graça de DEUS”.

 No ano de 1935, o pastor Quirino foi escolhido para ser o primeiro pastor de Maragogi, permanecendo ali até o ano de 1939, quando foi substituído pelo pastor Firmino, que esteve durante quatro anos (1940 a 1944). O 3º pastor da igreja de Maragogi esteve à frente daquele trabalho, dos anos 1947 a 1953. Seu nome era Jovenal Pedro, na época com a ajuda do pastor Antonio Alves eles intensificaram a evangelização no município. Os cultos em Maragogi continuavam acontecendo na casa do irmão Nezinho, onde ambos mobilizaram a igreja e, com a liberação e apoio do proprietário da Fazenda Marrecas, Sr. Homero Costa, construíram o primeiro templo. Foi naquela localidade onde surgiram os primeiros departamentos de louvores.

 Passaram por aquele local, além dos já mencionados obreiros, pastores como: João Teodósio, Amaro José Cândido, João Alves Pereira, Lauro Antonio, José Pereira Sobrinho, ngelo Martins Bezerra, José Holanda Padilha (Pr. Wilton Padilha), Lourival Sergio e, atualmente, Ednilson Barbosa, que vem desempenhando um trabalho de extensão e desenvolvimento não apenas na cidade, mas em assentamentos e povoados, onde, apesar de desmembrar Japaratinga e São Bento, mesmo assim, de acordo com informações enviadas pela secretaria da referida igreja, passou-se de 10 para 32 congregações, sendo batizados uns 3.600 novos crentes, no período de doze anos.

 MATRIZ DO CAMARAGIBE

 Em abril de 1932, o casal Jonas Batinga dos Santos e Francelina Batinga dos Santos, atendendo uma determinação do então pastor Rêgo Barros, que disse haver tido uma visão de que realizava um batismo em águas de um rio, e, de que este casal se encontrava presente, partiu para a Vila de Matriz do Camaragibe, na companhia do diácono Manoel Quirino da Costa. Em um depoimento datilografado, datado de 1982, a irmã Francelina relata que a viagem foi realizada a pé, desde a capital até aquela Vila. No dia 9 de abril daquele ano, foi realizado o primeiro culto com a presença apenas dos três que foram de Maceió, na Rua do Lopes. O trabalho foi realizado debaixo de protestos dos vizinhos. Apesar da rejeição por parte até de seus familiares, o casal continuou a evangelizar e dirigir cultos com o apoio de Manoel Quirino. No dia 15 de maio de 1932, foi realizado o primeiro batismo de 15 novos convertidos, pelo pastor Antonio Rêgo Barros. Em 4 de abril de 1937, cinco anos depois, foi inaugurado o primeiro templo da Assembleia de Deus naquela localidade.

 Atualmente, aquela pequena cidade, distante 70 quilômetros de Maceió, instalada às margens da AL-105 norte, segundo dados do IBGE, com a população estimada em pouco mais de 23 mil habitantes, possui em seu rol algo mais que quatro mil membros distribuídos em cerca de 25 congregações no município.

 SÃO MIGUEL DOS CAMPOS

 Passemos agora à cidade de São Miguel dos Campos. Em 1933, chegou a São Miguel dos Campos o evangelista José Antônio de Almeida, que evangelizou o marceneiro Augusto Sertão. A perseguição foi grande e o evangelista para sobreviver teve que voltar a Maceió. Augusto passou quatro anos sozinho confessando a fé cristã evangélica, e, sua esposa Olivia, intrigada dele, pois em sua ignorância espiritual cria que ele aderira a uma seita herética. No ano de 1937, Olivia, lendo a Bíblia católica, descobriu as verdades do Evangelho e tornou-se uma evangelista incansável e corajosa enfrentando afrontas e até pedradas (literais). Mais oito décadas são passadas e o Censo do IBGE de 2010 notificou que 5.124 miguelenses confessaram-se fiéis da Assembleia de Deus, o que representa 9,4% da população e faz dela a maior igreja evangélica da cidade. As seguidas crises financeiras por que atravessa esse Estado nordestino, e a falta de emprego, motivou um êxodo de fiéis para centros mais prósperos economicamente. Todavia, a Assembleia de Deus em São Miguel dos Campos continua em plena prosperidade, com a construção de vários templos onde abriga os fiéis.

 PENEDO

 Conforme o professor universitário Wilton Lucena, membro da Academia Penedense de Letras, elaborando um breve histórico da fundação e do desenvolvimento evangélico pentecostal, relata o seguinte.

 No mês de dezembro do ano de 1935, foi iniciado o trabalho evangelístico da Assembleia de Deus na histórica cidade de Penedo, localizada às margens do Rio São Francisco no sul de Alagoas, através do sargento José Malta, da Polícia Militar alagoana, evangélico, procedente da capital Maceió, para atuar na Delegacia local. O sargento José Malta foi o primeiro evangelista (leigo) a realizar o evangelismo pessoal e ganhar as primeiras almas para Jesus nesta cidade. O irmão José Malta acreditava que mais importante do que prender um marginal, era promover a sua transformação num cidadão de bem para a sociedade, pelo poder regenerador do evangelho de Jesus Cristo.

 Em janeiro de 1936, converte-se, ao evangelho pentecostal, o comerciante Antonio Alves e sua esposa Zefinha Alves, dando início ao trabalho da Assembleia de Deus naquela cidade ribeirinha. A partir de então, pastores como Jacinto Alves, Jovenal Pedro, Firmino José de Lima, João Ferreira, José Ferreira, Hercílio José de Santana, Anízio Feitosa, Espiridião de Almeida, José Antônio de Almeida, Amaro José, José Alves de Morais, Elias Calazans e José Severino de Melo, enfrentando oposição do clero local, receberam agressões físicas, como o pastor Esperidião de Almeida, que foi atingido por tomates podres no rosto, quando pregava na feira livre; outros recebiam ataques verbais através da rádio local da Diocese, mas nunca desanimaram nem desistiram de realizar a obra de Deus, sempre confiando na afirmação da Palavra de Deus em Jeremias 23.29, que diz: “Não é a minha palavra fogo, diz o SENHOR, e martelo que esmiúça a penha?”.

 O primeiro templo e casa pastoral foram edificados na Travessa Sabino Romariz, 214, centro, no terreno doado pelo irmão Antônio Alves, na gestão do Pastor Antônio Buarque no ano de 1948. Nomes como Benedito Nicácio, Sidrônio Castanha de Oliveira, Adelmo Fernandes do Espírito Santo, Jaime José dos Santos, Roberto Gomes, foram os pastores que atravessaram a última década do século XX e a primeira do presente. Em novembro de 2008, toma posse o pastor Carlos Gomes, que desenvolve um trabalho evangelístico mais dinâmico, utilizando os meios de comunicação locais, dentre eles, a Rádio Farol Melodia, local, com uma programação diversificada nos sábados pela manhã, e o programa Minutos de Fé, com a duração de 15 minutos, durante os demais dias da semana. Alugou vários salões e casas nos bairros e periferias da cidade, colocando pontos de pregação, comprou vários terrenos e começou uma política de construções de templos nos povoados, abrindo oportunidade para “missionários locais”, nas localidades mais distantes. Na área social, a formação de uma escola de música e a fundação da Orquestra Kairós, marcaram a vida de muitos jovens, que vêm na música, um universo de possibilidades.

 Hoje, o trabalho conta com cerca de 25 congregações espalhadas na cidade e povoados, onde a realização de dois batismos anuais em águas, desde o ano de 2009; a construção de templos próprios e a escola de capacitação de obreiros têm garantido a consolidação do evangelho nesta cidade.

 MATA GRANDE

 Do início do trabalho da Assembleia de Deus em Mata Grande não temos muitos dados. Porém, o falecido escritor pentecostal Emílio Conde relata: “Mata Grande foi a primeira cidade do interior do Estado de Alagoas a hospedar uma convenção. Isso aconteceu nos primeiros dias do mês de dezembro de 1937. As reuniões de estudos bíblicos que também foram realizadas em Mata Grande alcançaram intensa repercussão em todo o Estado de Alagoas”.

 Em seu relato, Conde acrescenta que o interesse por essas reuniões era tão grande que alguns irmãos viajavam cerca de 30 léguas para estarem presentes. E cita como preletores: Orlando S. Boyer, Dalas Johnson, Horácio S. Ward e Antonio Rêgo Barros. Em um depoimento à Igreja de Cristo, nos EUA, o missionário Virgil Frank Smith narra as dificuldades enfrentadas em vários lugares, antes de chegar a Mata Grande (AL): “Viemos para o Nordeste, porque o missionário Orlando Boyer, meu colega, que também recebera o chamado e veio para o Brasil, me escreveu que viesse ao Nordeste que a necessidade ali era grande. E assim eu e Boyer entramos para o Sertão adentro e mesmo, sem poder falar quase nada de português, nós cantávamos em inglês e oferecíamos Bíblias ao povo que não conhecia nada de Bíblia”.

 As dificuldades do início no interior era a mesma em todos os lugares: “Havia muita perseguição contra os evangélicos no Sertão naquele tempo, de modo que não foi fácil. O campo era vasto e as dificuldades eram muitas. Os nossos transportes eram burros, jumentos ou a pé e, por isso, escrevemos para dois outros irmãos nos Estados Unidos, que desejavam vir também. São eles: George Johnson e Horace Ward. No começo nosso trabalho era mais pessoal. Depois que tínhamos um grupo de convertidos nós nos reuníamos na casa deles, mas, mesmo assim, a perseguição vinha de fora e nos arrancava de dentro das casas. Fazíamos reuniões nas praças, às vezes, mas os perseguidores vinham com frutas e tomates podres e atiravam em nós e às vezes nos ameaçavam com facas”.

 Virgil (Virgílio), como ficou conhecido entre os nordestinos, cita casos curiosos, como o encontro com o padre Cícero do Juazeiro: “Em Juazeiro do Norte, pregamos na praça amparados pela polícia. A perseguição era tanta que a polícia me deu a ideia de procurarmos falar com o Padre Cícero, que era o Santo do Nordeste e pedir a ele ajuda. Fui procurá-lo e tive uma longa e boa conversa com ele. Depois disso, as coisas ficaram mais brandas”. Mas, foi em Mata Grande, em pleno sertão alagoano, que o fato mais curioso aconteceu – o seu encontro com o temido bando de Lampião.

 O missionário havia adquirido na cidade do Recife, um carro puxado a cavalos. Era o cabriolé, novidade na época. Deixemos o próprio Smith discorrer como sucedeu este encontro: “Coloquei os cavalos no Cabriolé e saímos, eu, minha esposa e um menino. Quando estávamos a 3km mais ou menos da cidade de Mata Grande fomos surpreendidos por um grupo de Lampião que nos mandou parar e pediram 500 contos de réis. Ficamos assustados, mas eu logo me lembrei da oração. Desci do carro, tirei os forros dos bolsos da calça e disse: Não tenho dinheiro nenhum, mas eles insistiram ameaçando e me obrigou a escrever um bilhete para alguém na cidade mandar o dinheiro”.

 Virgil Smith teve a oportunidade de pregar o amor e o perdão de Cristo a Lampião, que o ouvia atentamente. O resgate exigido por Lampião chegou nas mãos de um jagunço, que lhe trouxera um saquinho de pano nas mãos e dentro estava uma nota de 100 réis e algumas moedas. Era tudo o que Orlando Boyer podia dispor. Lampião tirou a nota e devolveu as moedas para o missionário dizendo: “Toma isso, eu não sou cego para aceitar moedas, porém vou levar os seus cavalos”, libertando em seguida o missionário e mais 25 pessoas, que fizeram o percurso de 25 quilômetros a pé até a cidade, onde os moradores os cercavam dizendo: “Foi um milagre”.

 VIÇOSA

 A Rua do Gurganema, atual Tibúrcio Nemésio, no ano de 1937, acolhia na época um expressivo número de comerciantes e comerciários, entre os tais, o casal Enoque Cabral de Medeiros e Maria Alves de Medeiros. Segundo relatos, o casal gozava de elevado conceito na sociedade viçosense, haja vista sua invejável postura. Seus vizinhos, seus fregueses (clientes) tinham com eles grande estima por terem um comportamento ilibado. Ao ser presenteado com um exemplar da Bíblia Sagrada, o casal passou a lê-la com avidez, começando a estudá-la pelo último livro – o Apocalipse. Enoque e Maria participaram dos cultos na Primeira Igreja Batista de Viçosa, onde foram instruídos no estudo das Sagradas Escrituras, o que motivou a perda de vários clientes no seu estabelecimento comercial.

 Ao ler o segundo capítulo do livro de Atos dos Apóstolos, o casal Medeiros foi procurar explicações sobre a atualidade do Pentecostes, no que foram desmotivados por seus líderes. Foi então que decidiram conhecer o trabalho da Assembleia de Deus em Maceió, que já florescia há 22 anos, agora sob a presidência do pastor Antonio Rêgo Barros. O primeiro culto pentecostal realizado deu-se justamente na residência de Enoque. A partir de então, outros cultos iam processando-se nas casas dos novos convertidos e em salões alugados. Mediante informações colhidas dos crentes mais antigos, os primeiros obreiros que pisaram na fértil terra da Zona da Mata foram o pastor Firmino José de Lima, José Victor e o próprio pastor Barros, que esteve por varias vezes dirigindo os cultos.

 DELMIRO GOUVEIA

 A cidade de Delmiro Gouveia tem hoje uma população estimada pelo IBGE em torno de 51.997 habitantes. Delmiro, última cidade a oeste do Estado, é também a última do sertão alagoano, porém tem a sua importância, devido, principalmente, à Fábrica da Pedra, principal polo industrial da cidade. Atualmente, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) instalou um campus universitário que movimenta um contingente de alunos e professores oriundos de várias partes do Estado. O trabalho da Assembleia de Deus em Delmiro teve sua gênese desde a cidade de Mata Grande, onde os missionários Virgil Smith e Orlando Boyer evangelizavam nos idos de 1929 e 1930.

 Atualmente, um lindo templo faz parte do cenário daquela cidade sertaneja, construído na gestão do pastor José Orisvaldo Nunes de Lima. Uma história viva dos primórdios da igreja é a da irmã Emília Queiroz, que nos conta a saga dos missionários norte-americanos: Horácio Ward e Virgílio Smith, naquelas plagas, onde sofreram perseguições dos líderes religiosos locais. Conta D. Emília, que um desses missionários tocava seu violino em um culto ao ar livre, quando se aproximou um homem, visivelmente perturbado, arrancou o violino das mãos do missionário, e, aos gritos, quebrou o instrumento na cabeça do norte-americano.

 ARAPIRACA

 Arapiraca teve o avanço pentecostal com oposição, perseguições e obstáculos. Segundo Jonas Cavalcante, em seu blog Derrubando Gigantes, com a chegada das famílias: Antônio Feitosa e esposa e Benedito Lopes já com 84 anos, foram dados os primeiros passos para divulgação do Evangelho em Arapiraca no ano de 1938.

 Durante vários anos os irmãos reuniam-se em salões alugados e um dia foram obrigados, por causa da perseguição, a entregar o salão onde eram realizados os cultos. No ano de 1945, o Pastor Antonio Rego Barros, da Assembleia de Deus em Maceió-AL, enviou o evangelista Pedro Antônio dos Santos para dirigir os trabalhos da igreja na Cidade de Igaci-AL, com a responsabilidade de visitar os irmãos em Arapiraca e implantar o trabalho de evangelização na cidade. O mesmo, sentindo a dificuldade de um obreiro em Arapiraca para levar a salvação pela fé em Cristo Jesus aos cidadãos daquela localidade, pediu permissão ao pastor Antonio Rego Barros e transferiu-se para a mesma, sendo ele o fundador da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Arapiraca.

 A partir desta data apareceram os primeiros evangelistas, conta Cavalcante. O irmão José Ferreira (“Ferreirinha”), quando de passagem, dirigiu um culto na casa do irmão Antonio Feitosa que residia na Rua 16 de Setembro, no centro da cidade. Com a construção da estrada ferroviária, Palmeira dos Índios-Porto Real do Colégio, surgiram novos crentes, oriundos de vários lugares. Eram operários daquela construção. O Evangelho começou a ser propagado em todo o percurso da estrada férrea, tendo, como resultado, vidas que se convertiam ao evangelho pentecostal, como os frutos do evangelismo. Atualmente, segundo dados do atual pastor Antonio Roberto Gomes da Silva, a denominação conta com aproximadamente 9.800 membros batizados, 2.000 congregados entre adultos e crianças, distribuídos em 92 congregações.

 A tarefa de compilar dados históricos onde as fontes primárias da maioria das igrejas da denominação no interior do Estado praticamente inexistem, não é nada fácil. No entanto, graças à ajuda de alguns membros e obreiros, bem como o que pudemos garimpar na internet ou em livros, serviram como base para este artigo. E, corroborando com este crescimento, sadio e sólido nestes cem anos de existência, fazemos nossas as palavras do apóstolo Paulo em sua epístola aos Filipenses 1.6: Tendo por certo isto mesmo: que AQUELE que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo [grifo nosso].

Postado 09 de dezembro de 2015

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