O extremo da Proibição
Localizada na metade norte da Coreia, no leste asiático, a Coreia do Norte é caracterizada por altas montanhas separadas por vales estreitos e profundos. Sua história começa quando acaba a Segunda Guerra Mundial, em 1945. Neste ano os japoneses foram expulsos da península coreana e forças soviéticas e estadunidenses ocuparam a área. Os soviéticos estabeleceram-se ao norte do paralelo 38 e os estadunidenses ao sul. A população é constituída de aproximadamente 23 milhões de habitantes (dados de 2009).
Desde a instalação do regime comunista, que é basicamente ateu, ser cristão se tornou perigoso na Coreia do Norte, o Estado não hesita em torturar e matar qualquer um que possua uma Bíblia esteja envolvido no ministério cristão, organize reuniões ilegais, ou até que tenha contato com outros cristãos. A intolerância Revela-se no fato de que o nome de Jesus - que nos é dado como a Verdade (absoluta), o Caminho e a Vida - é o único nome na Coreia do Norte que leva à execução imediata ou à detenção em um campo de concentração.
Lá existem cerca de oito campos de prisão política que mantêm em torno de meio milhão a um milhão de pessoas e trinta campos de trabalhos forçados que abrigam centenas de milhares de norte-coreanos. De acordo com um relato de uma fugitiva de um campo de trabalhos forçados que posteriormente se tornou cristã, os cristãos recebem os piores tipos de trabalho. E, no caso deles, têm que sobreviver comendo ratos ou outros animais, já que as porções de comida não são suficientes. Trabalham da seis da manhã até as nove da noite. E são proibidos de olharem para o céu. Não devem olhar para Deus; devem ficar com os olhos para baixo o tempo todo.
Menos de 2% da população é cristã, ironicamente o país, antes da guerra, era palco de um grande avivamento. A capital Pyongyang era conhecida como “Jerusalém do Extremo Oriente”, quando Kim II Sung assumiu o poder, sendo ele o primeiro ditador do país, na década de 40 todo o cenário mudou, e Sung passou a ser venerado. Acredite se quiser até Kim II Sung descendeu de uma família cristã devota.
Os poucos cristãos que lá existem realizam seus cultos clandestinamente, sempre cientes de que em cada reunião há a possibilidade de prisão ou até morte. Existem também os chamados “cultos telefônicos”, que são chamadas interurbanas via celular, com duração de no máximo dez minutos, estes cultos têm de ser rápidos e muitas vezes são interrompidos bruscamente, pois o governo usa rastreadores.De acordo com os missionários, os cristãos norte-coreanos mantêm suas bíblias enterradas nos quintais, embrulhadas em plásticos.
A perseguição é espiritual e o entendimento bíblico disso é que, quando você passa a ser cristão, os inimigos de Cristo se tornam seus inimigos. Você sofrerá algumas das consequências por isso. Sendo assim, existe uma estrada dolorosa a ser seguida, mas também é uma estrada gratificante.
Carla Lima e João Kaycke
Postado em 16 de julho de 2009.
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