Uma Chama Missionária

Convido-te a direcionar teus olhos pra mesma direção onde os olhos de Deus estão direcionados, a enxergar um grupo de pessoas que a sociedade já rejeitou. As famílias não querem sequer notícias, porém, existe um Deus no céu com os olhos banhados em lágrimas olhando além das grades para homens, mulheres e jovens que estão presos, mas que precisam ser libertos.
E foi olhando para esta necessidade, que aceitei em meu coração entregar minha vida para ser usada pelo meu Senhor dentro dos presídios a fim de devolver a sociedade pessoas transformadas pelo poder do Evangelho. Pessoas que já são tidas por mortas pela sociedade, onde muitos dizem não ter mais jeito ,é ai que me aproximo, estendo minhas mãos, junto ao lado, dou atenção e ouço a frase “me ajuda eu ainda estou vivo!”.
É esta chama missionária que me faz deixar o conforto do meu lar e a companhia maravilhosa da minha família aos domingos para ir fazer missões nos presídios alagoanos, pegando ônibus cheios, enfrentando horas na fila dos visitantes em pleno sol de meio dia, sendo constrangido a passar por revistas rigorosas onde, às vezes, sou constrangido a ficar despido, mas, todas estas coisas ainda não conseguem apagar essa chama que inflama dentro de mim.
Muitas vezes, passo a semana inteira convidando várias pessoas para me ajudarem nesta obra e o que ouço como respostas são dezenas de desculpas de todos os tipos, porém, nem isto me abate porque sei que não está sendo negligente a minha obra e, sim, a obra do Senhor Jesus, por não ter com quem ir, tenho entrado só dentro de módulos e até em selas pregando que chegou a hora de nascer de novo e esquecer tudo que perderam e começar a pensar em tudo que ainda poderão conquistar acordar deste pesadeiro e começar a sonhar, porque o Deus que prego é o Deus realizador de sonhos.
Você pode imaginar como é difícil pregar sobre liberdade para alguém que está preso? E sobre luz pra alguém que está em densas trevas ou céu pra alguém que está vivendo “num inferno”? Pois é, já deu para perceber que a obra não é fácil, mas eu falo como o apóstolo Paulo: “Contudo, quando prego o evangelho, não posso me orgulhar, pois me é imposta a necessidade de pregar. Ai de mim se não pregar o evangelho” (I co. 9.16)

EUDES SANTOS

Postado em 10 de junho de 2009.

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