sexta-feira, 3 de abril de 2009

Vereadores dizem que evangélicos ainda não podem entrar na Santa Casa


Assessoria do Hospital nega a informação

A bancada evangélica da Câmara de Vereadores da capital voltou a criticar, nesta quarta-feira (1º de abril), o posicionamento de restrição à assistência religiosa na Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Eles afirmaram que os evangélicos continuam sendo impedidos de entrar na unidade hospitalar mesmo após a revogação da portaria assinada pelo provedor Humberto Gomes de Melo. A assessoria de imprensa nega a informação.
E a discussão não ficou apenas entre os defensores da fé cristã. A vereadora Heloísa Helena (Psol) afirmou que há uma briga desnecessária e “vexatória” entre as religiões. Na opinião dela, as regras para preservar o trabalho dos profissionais e a vida do próprio paciente devem ser mantidas a todo custo, “mas restringir as manifestações apenas a uma religião é muito grave, impedindo a complexa subjetividade humana”.
Ainda na avaliação da vereadora, a ciência já comprova que a religião ajuda a melhorar a autoestima do ser humano. As disputas, segundo Heloísa Helena, são infundadas e desnecessárias.
Quem reforçou o discurso de combate à intolerância religiosa foi a vice-presidente da Casa, médica Fátima Santiago (PP). A vereadora deu um tom leve à discussão, frisando que se devem respeitar, acima de tudo, os horários das visitações nos hospitais.
O vereador pastor João Luiz (DEM) foi quem iniciou o debate. Ele utilizou a tribuna da Câmara para disparar contra a decisão da Santa Casa em ‘barrar’ a entrada de evangélicos.
"A portaria baixada pela direção da Santa Casa já foi revogada, mas a proibição persiste. Não queremos desrespeitar as normas do hospital, mas temos bispos treinados a realizar visitas a pessoas enfermas. Queremos que a instituição também abra as portas aos umbandistas, espíritas, sem qualquer discriminação", declarou o pastor.
João Luiz, que é o líder da Igreja Quadrangular em Alagoas, sugeriu ainda a realização de uma sessão pública, no dia 14 de abril, onde este assunto seria discutido com a sociedade.
A recomendação recebeu a concordância do vereador Marcelo Gouveia (PRB), que também é ministro do Evangelho. No entendimento do parlamentar, a discriminação contra os evangélicos não é restrita aos hospitais. De acordo com ele, o segmento segue em crescimento acelerado e tende a transformar o Brasil, já em 2015, no País cuja religião predominante será o protestantismo.
A assessoria de imprensa da Santa Casa disse que todos os representantes de religiões estão liberados para entrar no prédio, desde que seja em horário de visita. As restrições, segundo o assessor, garantem o bem-estar dos pacientes.
Com informações de Thiago Gomes Com Gazetaweb
Acesso em 03 de abril de 2009 .

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