EGITO (21º) - Sob uma forte segurança providenciada pela equipe de advogados, o chamado “apóstata” Maher Mu’Tasim, cujo nome cristão é Peter Athanasius, foi a julgamento em 28 de março de 2009.
Durante a audiência, ele declarou: “Eu sou cristão, meus irmãos, e vocês podem me matar!” No ano passado, Peter Athanasius foi o segundo caso registrado de um egípcio muçulmano que tentou mudar sua (e de sua filha) afiliação religiosa de “islã” para “cristianismo”. Durante a última audiência em sete de fevereiro de 2009, o juiz Hamdi Yassin pediu para Nabil Gabriel, advogado principal do réu, a presença de Peter Athanasius em pessoa. Apesar dos perigos envolvendo uma aparição em público devido às diversas ameaças de morte feitas depois que descobriram que ele abandonou o islã e foi declarado “apóstata” por fundamentalistas, Peter Athanasius foi ao tribunal. O advogado Ashraf Edward, um dos advogados da equipe de Athanasius, descreveu os argumentos apresentados no tribunal entre as duas partes, como sendo, da parte dos advogados muçulmanos, um “julgamento sobre cristianismo”. Howaida ElOmda acrescentou que a audiência foi uma completa ofensa e desprezo pelo cristianismo, feitos pela equipe de defesa. “Eles não estavam conduzindo o caso baseados na lei, e usaram um recorte de jornal no qual o juiz concedeu a custódia dos filhos a um cristão que se converteu ao islã, e as cláusulas da sentença afirmavam que isso iria prevenir que as crianças ficassem acostumadas a ir para a igreja.” “Em seu desprezo ao cristianismo, afirmaram que o islã é a ‘melhor religião, e que, por isso, é melhor não sair do islã pelo bem do interesse comum. A verdadeira religião para Alá é o islamismo”, comenta ElOmda. Um dos advogados querelantes protestou ao juiz dizendo: “Eu sou um cidadão egípcio, e um advogado como ele, frequentando os mesmos lugares; mas ele afirma que sou inferior porque sigo uma fé ‘inferior’ a dele, de acordo com sua própria visão. Porque minha religião e eu estamos sendo rebaixados? Porque ele quer me fazer sentir como se não seguisse uma religião monoteísta? Tudo isso que falaram sobre a custódia das crianças para não se acostumarem a frequentar a igreja; mas a igreja também não é um lugar de adoração?” Peter Athanasius confirmou sua intenção de prosseguir em seus esforços para obter o direito de mudar de religião como garantido na lei egípcia, e alterar a palavra “muçulmano” em sua identidade para “cristão”. Ele, com 56 anos, foi criado como muçulmano, mas pratica o cristianismo há mais de 35; Maher também criou sua filha, Dina, de 14 anos, como cristã. A decisão do tribunal sairá em dois meses.
Acesso em 15 de abril de 2009.
:: Fonte: Portas Abertas.
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