Os dois homens entraram no país como professores de
língua chinesa, mas as autoridades paquistanesas alegam que eles eram
cristãos
Paquistão
Recentemente, dois cidadãos chineses foram sequestrados em Quetta, uma cidade que fica próxima à fronteira com o Afeganistão e logo depois morreram. De acordo com informações locais, o Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade. Agora, as autoridades paquistanesas que investigam o caso alegam que os supostos professores de língua chinesa eram na realidade "pregadores cristãos" que se uniram a um cidadão coreano que já vivia na cidade.
Os policiais disseram que constava em seus passaportes que eles deveriam estar no país apenas a negócios. Um artigo publicado no Global Times, um dos veículos de comunicação que circula na China, deixou claro que "a culpa é dos grupos missionários sul-coreanos que recrutam cristãos chineses para exercer ministérios em países muçulmanos" e disse ainda que essa "tendência é perigosa". Em um artigo adicional, o autor do texto chega a mencionar que "os assassinatos deveriam servir de lição".
"As autoridades paquistanesas estão colocando a culpa nos próprios cristãos chineses por não terem obtido o visto correto para suas atividades na nação. Já as autoridades chinesas culpam a Coreia do Sul por terem permitido que seus missionários deturpassem os cidadãos chineses a se juntarem às suas atividades perigosas e ilegais. O fato é que na medida em que a igreja na China cresce mais missionários são enviados ao exterior. Então, é bem provável que eles atuem em regiões onde há perseguição religiosa. Parece que o governo chinês está mais preocupado com suas relações econômicas do que com a proteção de alguns cidadãos, só por que eles professam a fé cristã", observa e conclui um dos colaboradores da Portas Abertas.
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Postado: 01 de julho de
2017
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