quinta-feira, 3 de março de 2016

Líder cristão é preso por se opor à retirada de cruzes na China

Apesar das justificativas dos governantes, a principal razão para a retirada das cruzes é o incômodo pelo destaque do símbolo cristão
CHINA
O líder cristão Gu Yuese, foi suspeito de peculato, que é um crime de desvio de dinheiro público ou ainda abuso de confiança pública, entre outros "crimes econômicos", após se opor à retirada de cruzes cristãs na China. Ele foi sentenciado a 14 anos de prisão pelo suposto crime, de acordo com a imprensa oficial chinesa. Um outro líder cristão, Bao Guohua, também foi acusado de peculato pelo mesmo motivo, o da remoção das cruzes.

 A esposa dele, Xing Wenxiang, foi condenada a 12 anos de prisão, informou também a imprensa. A província de Zhejiang, cuja capital é Hangzhou, há algum tempo, lançou uma campanha para retirar as cruzes cristãs dos telhados dos locais de culto, uma iniciativa criticada pelos opositores, que consideram a medida uma regressão religiosa.

 Em maio passado, a igreja já tinha protestado contra as novas regras provinciais sobre os edifícios religiosos. A nova regulamentação determina que as cruzes não devem ser colocadas sobre o telhado das igrejas, mas na fachada, e não devem superar mais do que um décimo da altura dos edifícios. "O resultado foi a retirada de 1.500 cruzes, e apesar das justificativas dos governantes, a principal razão é o incômodo pelo destaque do símbolo cristão. Além disso, 400 igrejas foram totalmente demolidas. Tudo é controlado aqui na China, tanto igrejas como os meios de comunicação, por isso, os cristãos pagam um alto preço para seguir Jesus", comenta um dos analistas de perseguição.

 De acordo com os relatórios da Portas Abertas: "um jornalista e vinte famílias que foram contra a remoção das cruzes, foram colocados na ‘prisão negra’, onde as pessoas sofrem tortura física e mental". A China é o 33º país na Classificação da Perseguição Religiosa em 2016, e mesmo com tanta perseguição, a população cristã cresce a cada dia e já representa a segunda maior religião do país, atrás apenas do budismo. O papel da Portas Abertas lá, neste momento, é com base nos seguintes pilares: sensibilização da perseguição entre os chineses cristãos e o fornecimento de treinamento e discipulado bíblico básico para os grupos cristãos mais perseguidos, de origem muçulmana e tibetana. Além da distribuição de literatura cristã contextualizada, ou seja, em linguagem adaptada para o fácil entendimento desses novos convertidos. Ore por eles!

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Postado 03 de março de 2016


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