Michel Mendes grava vídeo em que diz que a conversa foi uma brincadeira entre ele e a cantora
Michel Mendes, o fã da banda Calypso que foi filmado com a cantora Joelma em uma conversa informal em que ela aparece o aconselhando a se converter e deixar de ser gay, saiu em defesa da cantora. Em outro vídeo postado no YouTube, ele esclarece que “a Joelma não é essa pessoa que todos estão pensando. Ela não é nada preconceituosa, nada homofóbica. Ela trata a gente super bem. Essa história foi uma brincadeira que eu comecei e ela fez comigo. Foi tudo uma brincadeira. Não passa de um mal entendido”, diz Michel em um trecho do vídeo.
O vídeo em que mostra Joelma conversando com Michel exibe um trecho de uma conversa casual e não esclarece o contexto do episódio. “Se eu fosse preconceituosa, meu melhor amigo não seria gay”, respondeu Joelma em sua conta no Twitter.
A assessoria da banda Calypso se pronunciou em nota e explicou que a cantora em nenhum momento tentou “converter” o fã e que sua fala foi mal interpretada. “Na verdade, ela é uma pessoa ligada a religião, ela tem os princípios religiosos dela, mas isso não quer dizer que seja preconceituosa. Ela trabalha com vários homossexuais e tem esse público enorme há muito tempo.
Cerca de 90% dos fãs da Calypso são homossexuais e eles estão completamente ao lado dela, porque conhecem ela. Muitos deles sabem da relação dela com a religião e brincam dessa forma para deixá-la constrangida, vermelha e ela brinca assim para reverter a situação, mas não que ela queira converter alguém, é uma troca de brincadeiras”.
Repercussão
A conversa entre Joelma e um fã alcançou proporções nacionais quando o vídeo caiu nas redes sociais e imediatamente muitos internautas fizeram comentários negativos com relação à cantora chamando-a de “homofóbica”.
Com a hashtag #calabocaJoelma muitos criticaram e protestaram contra a suposta ofensa aos homossexuais.
Personalidades ligadas à moda se manifestaram nas redes sociais. Paulo Borges, responsável pela São Paulo Fashion Week e Fashion Rio, criticou a fala da cantora por meio do seu perfil no Instagram. Ele lamentou ter dado espaço para a vocalista da banda Calypso na revista Mag de dezembro de 2009.
“Que tristeza ter dado espaço na Mag para uma artista que hoje disse o que disse! Lamentável principalmente por ser ela uma artista que deveria no mínimo apoiar o convívio harmonioso e a tolerância entre pessoas! Mas enfim, se pudesse dava um delete na matéria que fizemos (na) Mag, já que na língua dela não poderia”, disse na rede social.
Joelma, da banda Calypso, já disse em várias ocasiões que é evangélica e que frequenta a Igreja Assembleia de Deus.
Seu posicionamento como cristã, porém não a isentou da fama de musa gay, justamente por ser esse o público que mais aprecia e acompanha seu trabalho.
“Eu sei que muitos deles gostam do meu trabalho. Acho que é por causa das roupas, a dança também atrai muito esses olhares. Eu tenho alguns amigos também, como meu maquiador”, disse ela em uma entrevista a Marília Gabriela em abril deste ano.
Rótulo
Não é de hoje que os militantes gays e simpatizantes querem impor o rótulo de “homofóbicos” aos evangélicos. A psicóloga Marisa Lobo, que participou de um debate sobre a questão no programa Superpop chegou a ser ameaçada no ar pelo radialista Felipe Campos, que disse que iria entrar com uma representação contra ela por ela ter aparecido em uma matéria como promotora da “cura gay”.
Na ocasião, ela foi contundente e afirmou que a homofobia não está ligada à religiosidade: “temos que amar acima de nossas diferenças. Temos que nos unir contra a homofobia, a cristofobia, a heterofobia e toda forma de violência”, disse.
Fonte:http://www.adalagoas.com.br/
Postado em 05 de agosto de 2012
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