Há ainda muitas restrições para legalizar igrejas e exigências difíceis de serem cumpridas
BURUNDI
De acordo com informações da Agence France-Presse (AFP), do mês passado, a ONU apoiou a decisão da União Africana (UA) de enviar tropas para o Burundi, um pequeno país onde se encontra a nascente do rio Nilo, que fica na África, entre Ruanda, Tanzânia e a República Democrática do Congo. Burundi vive um verdadeiro caos, desde que o atual presidente anunciou que iria disputar o terceiro mandato. Em seus 12 anos de guerra civil, o país já perdeu mais de 300 mil cidadãos. Em 2005, com as eleições multipartidárias, venceu o principal grupo de ex-rebeldes hutus, que nomeou Nkurunzina para a presidência. Em 2010, só ele disputou a eleição presidencial, marcada por ataques com granadas na capital, intimidação de eleitores por policiais e soldados, e acusações de fraude.
O terceiro mandato foi contra a constituição do país, que veta mais de dois mandatos presidenciais seguidos. Revoltada, a população tomou as ruas e pelo menos 50 opositores foram mortos em apenas 4 semanas. “A situação está muito complicada e exige uma ação imediata da comunidade internacional. Com o mesmo presidente, a situação dos cristãos também não teve alteração alguma, eles continuam sendo observados, há ainda muitas restrições para legalizar igrejas e exigências difíceis de serem cumpridas”, comenta um dos analistas de perseguição. Essa crise coloca a igreja numa situação ainda mais difícil, já que assassinatos e detenções ilegais tornaram-se comuns.
O Conselho de Paz e Segurança da União Africana (CPS) decidiu, em dezembro de 2015, o envio da Missão Africana de Prevenção e Proteção no Burundi (MAPROBU), de cinco mil homens, para tentar conter a crise, mas as autoridades burundianas discordam. O Conselho de Segurança da ONU apoia o desdobramento da referida missão. Muitos cristãos estão fugindo do país para viver como refugiados em países vizinhos. “A crise no Burundi é assustadora, mas eles não vão encontrar uma situação diferente nos países próximos. A Tanzânia,, por exemplo, é a 36ª na Classificação da Perseguição Religiosa 2016”, conclui o analista.
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Pedidos de oração
● Ore pelos cristãos que estão enfrentando a crise no Burundi, para que permaneçam firmes na fé.
● Peça a Deus para que haja paz entre a população e que os governantes cheguem a um acordo em relação à constituição.
● Ore também para que a igreja de Cristo permaneça firme, apesar das restrições e da violência que está vivendo.
Postado 17 de fevereiro de 2016
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